Conflito na Síria. Se todos são contra a guerra quem fornece as armas

 

Conflito na Síria. Se todos são contra a guerra quem fornece as armas?

Saiba mais. Evite permanecer apenas com o que a TV te informa.

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   Ninguém gosta de questionar isso, não é politicamente correto. Mas o que leva OBAMA a ter esse interesse exagerado na questão da Síria? Nesse exato momento milhares de pessoas são massacradas na África, cristãos sãos mortos ou aprisionados em conteinners na Eritréia e outras milhares de pessoas são mortas todos os dias no Brasil, por conta da criminalidade. Mas o presidente norte-americano não se intromete nessas questões, e sequer parece se importar.

  Alguns dizem que Barack Obama tem um irmão que ocupa posição proeminente na irmandade árabe, entidade que apóia financeira e ideologicamente a chamada “Primavera árabe”. Existindo ou ou não esse irmão islamita, a questão permanece realmente complexa, pois é de conhecimento público que ha membros da Al Qaeda dentro dos próprios exércitos rebeldes na Síria. Essa semana inclusive vários militares americanos se manifestaram nas redes sociais, dizendo que não queriam lutar na Síria ao lado da Al Qaeda (Veja aqui as fotos).  Ha poucos meses a rede de notícias reuters publicou uma reportagem mostrando que os rebeldes sirios usaram gas sarim, mas parece que isso caiu no esquecimento e agora o que vale são as palavras dos americanos, sempre “acima de qualquer suspeita”. Veja aqui, já em português.

Sem armas não haveria guerra. Quem as fornece?

Governo oficial da Síria.

Os governos ocidentais sabem há muito tempo que a Rússia está fornecendo apoio fundamental para o governo do presidente Bashar al-Assad , incluindo muitas das armas pesadas utilizadas. Autoridades de inteligência ocidentais e especialistas independentes dizem que uma parte substancial da ajuda parece estar chegando em navios comerciais, o que levou os analistas a olhar atentamente para o porto de OKTYABRSK, na Ucrânia. O porto foi importantíssimo na época da Guerra Fria, e possui uma longa história em armar aliados russos e outros expressivos regimes pelo planeta.{jcomments on}

Um estudo realizado por pesquisadores independentes descreve um grande e abrupto volume de tráfego nos últimos dois anos a partir desse porto com destino aoss principais portos da Síria no Mediterrâneo. As dezenas de navios que fazem a viagem variaram de sírios-libaneses pequenos à petroleiros gigantes. (Para acessar o relatorio da investigação – The Odessa  Network – Mapping Facilitators of Russian – and Ukrainian Arms Transfers – Clique aqui)

O relatório do do C4ADS , um grupo sem fins lucrativos com sede em Washington, vincula alguns dos maiores navios a uma interessante rede de empresários ligados a altos funcionários do governo na Rússia e da Ucrânia. Agências de inteligência informam que nos relatórios de acompanhamento dos navios que trafegam pela área apresentam “lacunas” inexplicáveis nos dados de transponders de muitas embarcações. Os autores observam no relatório que esse é um fenômeno relativamente recente, que coincide com a crítica internacional sobre a Rússia por ajudar seu aliado na Síria, apesar da suposta repressão brutal do governo contra a população civil. Observa-se que essas mesmas “lacunas” foram observadas quando o governo russo forneceu armas a seu aliado Hugo Chavez utilizando navios comerciais.

“Essas discrepâncias, combinadas com uma história de movimentação de armas, em nome do governo russo, é o que faz a viagem suspeito”, disse Farley Mesko, diretor de operações do centro e especialista em redes marítimas ilícitas.

Armas para os rebeldes.

   Desde junho que vários carregamentos de armamento tem abastecido os insurgentes da Síria, há informações de que os embarques tinham vindo de países Amigos do “Síriam Group”, uma coalizão de 11 nações ocidentais e árabes que apóiam a oposição.

Agentes da CIA e das tropas americanas de Operações Especiais secretamente ministraram treinamento a grupos rebeldes selecionados para usar armas antitanque e antiaéreos na Jordânia e na Turquia desde o ano passado, de acordo com um artigo no jornal Los Angeles Times. O Pentágono e a CIA, é claro, se recusaram a comentar o texto do jornal. (Veja aqui o texto traduzido)

Cinco comandantes rebeldes, desertores do presidente Bashar exército regular da al-Assad, que agora levam batalhões no sul da Síria, disseram que haviam cursado foram apresentados a campos de treinamento na Jordânia, administrados por gente descrita como oficiais de inteligência dos EUA.

Os adestramentos, com duração de uma semana a 10 dias, envolveram treino leve de armas e táticas de guerra.

Por enquanto a ajuda dos EUA vai agora ser limitada a armas leves e munições, os países do Golfo Pérsico já têm fornecido mísseis superfície-ar de ombro para os rebeldes.

   A verdade é que há várias questões envolvidas, empresários russos que fabricam armas, empresários russos que transportam armas, empresários americanos que também fabricam armamento e equipamentos militares. Ha outra questão importantíssima, a irmandade árabe dentro de pouco tempo pode conseguir o estabelecimento de um grande estado islâmico na região, dono da maior reserva de petróleo existente no planeta, os EUA não pretendem ter seu abastecimento comprometido.

   Sabe-se por exemplo, que da ajuda anual de 1.3 bilhões de dólares para armamento dado ao governo egípcio, quase todo o montante retorna para os EUA, ja que os equipamentos são adquiridos de industrias sediadas nos EUA.

Os desdobramentos da questão na Siria permanecem. Agora os EUA está prestes a intervir diretamente.

Robson A.Silva — https://sociedademilitar.com.br

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Sociedade Militar