Começou. O ano promete em matéria de manifestações.
Manifestações contra a COPA em janeiro, manifestações pedindo o Governo Militar em março … O governo deve proporcionar aos manifestantes segurança, e garantir o seu direito de expor o pensamento. É isso que se espera de um país democrático.
Ontem (sábado, 25/01/2013) ocorreram manifestações em vários locais do Brasil, alguns comentaristas minimizaram os atos, disseram que houve pouca participação. Discordamos. As pessoas que participam de protestos geralmente são uma parcela mínima daqueles que estão insatisfeitos com a situação, na verdade eles representam aqueles que ficaram em casa e por algun motivo não foram, seja receio da polícia, questões financeiras ou mesmo a distância.
O protesto de ontem contou com a presença de alguns milhares de pessoas na paulista, e no nosso ponto de vista é uma amostra de que ha muita gente insatisfeita com a realização da copa do mundo, nos moldes em que está sendo conduzida pelo governo e FIFA. No Rio o protesto foi menor, mas não menos barulhento.
Quanto aos novos documentos do governo que dizem que as Forças Armadas poderão ser usadas para o restabelecimento da ORDEM PÚBLICA, cabe uma interpretação do que é ordem pública. A partir do momento em que a Constituição federal autoriza todos os cidadãos a se manifestar não pode-se taxar uma manifestação de estar fomentando a desordem.
Se houver vandalismo e depredações cabe às autoridades a repressão dos elementos que perpetrarem tais atos, não o impedimento do direito de manifestação daqueles que se comportam de maneira ordeira. Ao contrário do que tem ocorrido, cabe às autoridades a montagem de um esquema que permita aos manifestantes exercerem o seu direito. Ou seja, deve-se desviar o transito, dividir vias e fazer com que o prejuizo para a locomoção de todos seja o menor possível.
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