Forças armadas da Venezuela declaram seu apoio à Nicolás Maduro.

Forças armadas da Venezuela declaram seu apoio à Nicolás Maduro. https://sociedademilitar.com.br

Em reunião do alto comando militar (18/02) a Ministra da defesa disse que “nunca vamos aceitar um governo que não venha por meios constitucionais, juntos vamos seguir em frente e enfrentar esse momento que parece ser uma emboscada”. As declarações da almirante não foram por acaso, indicam que pode haver suspeita de que grupos nas forças armadas pensem em aproveitar o momento para retirar maduro do controle do país, a exemplo do que ocorreu em 2002.

A Ministra Carmem Meléndez foi nomeada por Maduro em julho do ano passado, logo depois de ser promovida a almirante.

O apoio demonstrado na reunião pelos oficiais fieis ao governo de Nicolás Maduro é realmente impressionante, e de certa forma destoa do comportamento esperado de um militar, que é sempre fiel ao estado, aos poderes constituídos, e evita idolatrar personalidades. Em certo momento todos os oficiais fizeram um grande coro, dizendo “Chávez Vive”.

Durante o discurso a almirante reafirmou a suspeita de que as manifestações são movidas por interesses de “inimigos do estado” venezuelano

Será que esqueceram que Hugo Chávez não respeitava a constituição, que foi protagonista de um golpe de estado em 1992 e que passou dois anos preso por isso.

Não podemos deixar de lembrar aqui que Maduro foi eleito com apenas 50.6% dos votos, em uma eleição bastante suspeita e que até hoje não foi engolida pela oposição. Praticamente nenhum canal de televisão está transmitindo imagens dos protestos dessa semna.  Jornais impressos, que dependem da autorização do governo para a compra de papel, também têm dado pouco destaque às manifestações. Até o momento, três jornalistas que cobriam os protestos estão presos.

Jornais espanhóis também denunciaram a suspensão, por parte de Maduro, dos serviços de metrô e ônibus que fazem o transporte entre Caracas e os municípios próximos, Sucre, Chacao e Baruta, governados pela oposição — e palco do início dos protestos, o que dificulta o comparecimento da população.{jcomments on}

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