REAÇÃO dos VENEZUELANOS CONTRA A IMPLANTAÇÃO de uma DITADURA “Bolivario-Socialista”.

REAÇÃO dos VENEZUELANOS CONTRA A IMPLANTAÇÃO de uma DITADURA “Bolivario-Socialista”.

Acreditamos que a situação na Venezuela é de interesse para a sociedade brasileira, tendo em vista a proximidade e apoio mútuo entre Dilma Roussef e Nicolás Maduro. Estaremos na medida do possível divulgando informações sobre os conflitos no país.

EUA declaram em nota oficial: "Nós apoiamos (a defesa) dos direitos humanos e as liberdades fundamentais – incluindo a liberdade de expressão ea liberdade de reunião – na Venezuela e em todos os países. Mas, como sempre dissemos, cabe ao povo venezuelano decidir o futuro político da Venezuela ". Porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

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   Embora a grande mídia pareça se esmerar em impedir que o Brasil tome conhecimento de detalhes sobre o verdadeiro caos que assola a Venezuela, milhares de pessoas têm se esforçado para acompanhar pela internet o que ocorre no país. Manifestações pacíficas da semana passada descambaram para a violência por causa de grupos mascarados infiltrados pelo governo venezuelano em meio aos estudantes. Um estudante foi morto e dezenas permanecem presos, um miliciano governista, infiltrado e descaracterizado, foi morto em plena manifestação com um tiro na cabeça. O presidente Nicolás Maduro agora destila seu ódio contra o líder oposicionista Leopoldo López, a quem acusa de Fascista, agitador e assassino. López é o líder de direita que tem encabeçado a massa estudantil em manifestações que pedem a deposição do presidente. Henrique Caprilles no momento deixa de ser o principal oposicionista venezuelano e tem se mantido afastado dos conflitos.

   O presidente Nicolás Maduro já conseguiu que fosse decretada a prisão preventiva de Leopoldo López. Este, escondido, tem ainda atuado pelas redes sociais e conclama toda a população para uma grande manifestação marcada para amanhã (18/02).

   O oposcionista diz que vai estar presente, e que depois de certo ponto vai caminhar só, levando em mãos as reivindicações da sociedade venezuelana, entre elas os pedidos para que cesse a repressão às manifestações populares e a libertação dos estudantes presos nos últimos dias. Leopoldo López diz que possui documentos e fotografias que provam que a radicalização das manifestações partiu do próprio governo. Acredita-se que Maduro tente prende-lo antes que chegue ao local marcado, seus serviços de inteligência tem se esforçado para isso.

   A Venezuela essa semana expulsou do país três diplomatas dos Estados Unidos. Maduro tem declarado, como sempre sem apresentar provas, que a oposição age em conluio com o governo norte-americano.

   É de se esperar que as câmeras de todo o planeta estejam apontadas para a Venezuela amanhã. Se López realmente possuir e divulgar as provas de que é Nícolas Maduro o culpado pelo caos no país, as autoridades do Ministério do Interior, Justiça e Paz estarão em maus lençóis e terão que providenciar respostas convincentes para a sociedade venezuelana, sob risco desta sair em peso para as ruas pedindo a destituição do presidente. Só esperamos que as informações consigam de alguma forma ultrapassar as barreiras impostas pelo governo de Maduro, e que nós realmente fiquemos sabendo do que está acontecendo no país vizinho.

   A Venezuela enfrenta uma grande crise inflacionária, mais de 50% ao mês, e rápido declínio da qualidade de vida. Junto com o Brasil atualmente ocupa um dos últimos lugares em índices de crescimento econômico. Aliás, os governantes dos dois países têm muita coisa em comum, ambos adotam políticas econômicas intervencionistas, são sustentados por estratégias assistencialistas e possuem admiração quase idólatra por Fidel Castro, seu guru e conselheiro.

   A cada novo protesto, a cada ação da oposição, o governo venezuelano enrijece mais as leis e reduz a liberdade de expressão e manifestação do pensamento. O próprio fato de repórteres serem impedidos de realizar o seu trabalho transmitindo as manifestações é prova de que as coisas vão de mal a pior. No Brasil, pelo menos por enquanto, temos nossos direitos preservados. Na semana passada a televisão venezuelana não transmitiu ao vivo as imagens das manifestações em Caracas e outras cidades, apenas o canal internacional NTN24 transmitia as imagens ao vivo de Caracas, mas sua transmissão foi cortada pelo governo sem aviso prévio.