Partido Militar e PMDB. É possível essa aliança? Rapidinha política. PMDB no Rio se esquiva de DILMA, sonda Partido Militar e se alia ao DEM.

PMDB no Rio se esquiva de DILMA, sonda Partido Militar e se alia ao DEM.

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   A base governista parece realmente se esfacelar aos poucos. Nos últimos dias o governo tem recebido alguns baques, o último deles foi PTB ter anunciado seu rompimento com o PT. Agora aliançado com Aécio Neves, o PTB dará a este cerca de 40 segundos a mais nos programas eleitorais, alimentando mais ainda a possibilidade de derrota de Dilma nas próximas eleições.  

    Há algum meses temos recebido informações sobre reuniões de membros do partido militar carioca com o Doutor Affonso Monnerat (ex-prefeito – PMDB – de Bom Jardim e atual secretário de governo do Estado do Rio de Janeiro) e Comandante Brunet, da assessoria militar também do Governo do Estado. Segundo o próprio Brunet, militar da reserva, a Assessoria Militar tem o objetivo de promover:  a integração das 3 Forças Armadas com o Governo do Estado do Rio de Janeiro.  Em sua página na internet a Assessoria Militar informa que por seu intermédio os QUESA foram recebidos pelo Vice-presidente Michel Temer.

 Muitas fotografias das reuniões entre PMB e membros do governo do Rio, tiradas no Palácio Guanabara e na Região Serrana, circularam pela internet no mês de maio. Desde o primeiro momento acreditamos que algo importante estava acontecendo, talvez fosse um primeiro sinal de que o PMDB abandonaria o apoio ao PT no Rio. Aos nossos olhos essa seria a única possibilidade plausível de selar uma aliança com os militares, e quem sabe até com o PRTB, partido por onde estes lançarão suas candidaturas no estado.

A princípio temos conhecimento de que os militares cariocas poderão lançar um candidato à Deputado Federal e dois para Deputado Estadual, tudo indica que serão o SubOficial Gerson, o Sargento Feliciano (o que pulou da Ponte Rio Niterói), e o Sargento Toledo, Policial Militar.

O namoro entre o PMB carioca e o governo do Rio não é mais segredo há algum tempo, em páginas do PMB e na Fanpage da própria Assessoria Militar há várias postagens divulgando o assunto. Nas redes sociais alguns membros do Partido Militar mostraram otimismo em torno dessas reuniões. Não obtivemos respostas concretas ainda sobre uma aliança formal entre PMB e PMDB. Mas acompanhando a política de perto percebe-se claramente que, como o apoio à Dilma Roussef vai se esfacelando aos poucos em vários locais do país, é sempre possível uma guinada mais para a direita por parte de partidos da base aliada, começando pelos estados, já que quase sempre são independentes em relação às executivas nacionais.

A independência, tanto dos diretórios regionais quanto dos próprios candidatos, parece que vai mesmo marcar esse período político. Candidatos também fogem diametralmente das politicas adotadas pelos próprios partidos, como é o caso de Jair Bolsonaro. Outro exemplo é o caso de Marcos Pontes, que ja confirmou que será candidato a deputado federal pelo PSB. O astronauta é visto frequentemente em companhia de membros do Partido Militar, embora não exista uma aliança formal entre os dois partidos.

Nessa segunda (23/06) as suspeitas no Rio de Janeiro se confirmaram quando Cezar Maia (do DEM) anunciou que será candidato à Senador com o apoio do PMDB. Sim, é verdade, o PMDB do atual governador Pezão se aliou mesmo ao DEM, inimigo do Partido dos Trabalhadores, tornando praticamente, eticamente e racionalmente impossível manter o apoio à candidatura de Dilma Roussef.  

Não se sabe ainda se esse namoro PMDB – PMB será transformado em  algo concreto, se passará das reuniões. Daqui pra frente as coisas vão fIcando cada vez mais complexas. Num contexto político onde os resultados das eleições estão cada vez mais ligados ao dinheiro gasto nas campanhas, se torna praticamente impossível lutar só. Nenhum partido, nos dias de hoje, faz política sozinho, nem mesmo os "grandes", como PT e PSDB, têm essa pretensão.

Alianças podem e devem ser arquitetadas, desde que sejam feitas com cuidado e não abalem os pilares ideoógicos estabelecidos. Estima-se que no Rio a quantidade de eleitores ligados à família militar ultrapasse em muito a casa de 1 milhão, nenhum partido pode desprezar um número como esse. 

Aguardamos algumas respostas e por enquanto vamos por aqui informando, discutindo o que temos em “mãos”.{jcomments on}

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Sociedade Militar