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Bolsonaro nega que tenha indicado Aldo Rebelo e Genoíno para assumir o Ministério da Defesa no governo LULA.

Bolsonaro nega que tenha indicado Aldo Rebelo e Genoíno para assumir o Ministério da Defesa no governo LULA. 

Recebemos em nossa caixa de entrada algumas cópias de vídeo onde Jair Bolsonaro, ao chegar em Belém do Pará, explica a seguidores a questão citada em nosso site sobre ter no passado indicado Aldo Rebelo para assumir o Ministério da Defesa.

Como já reiteramos aqui, ter errado no passado não é nenhuma vergonha para qualquer ser humano. Agora, persistir no erro ou negar que erramos não é atitude digna. Basta reconhecer que errou, assumir a mudança a partir pra frente.

Atendendo à solicitações de leitores, vejamos a questão BOLSONARO / Disse e Não disse.

No vídeo recebido ontem, um seguidor pergunta se Bolsonaro pode “Explicar em relação a ele ter apoiado algum dia o ALDO REBELO”.

Bolsonaro responde: Eu praticamente converso com todos os deputados na Câmara… Eu conversando no plenário com ele disse “vai ser o ministro nosso, vai ter um palmeirense na defesa agora? Nada mais do que isso. Agora, os que estão falando que eu fiz lobby para Aldo Rebelo, então vamos na ironia agora. Por que eu não faria então para João Pedro Stédile? Já resolve, já unifica MST e Exército Brasileiro.”

“Outra coisa, você acha que pela minha vida pregressa, pelo que eu falo da Dilma Roussef, eu teria clima pra chegar nela e falar.. O dilminha, bota o Aldo do PCdoB aí...”

A pergunta colocada no vídeo foi se o político teria “apoiado algum dia Aldo Rebelo”.

Como pode-se perceber claramente, Jair Bolsonaro fala do presente quando ele diz que não telefonaria para Dilma para indicar Aldo Rebelo. As questões colocadas aqui na semana passada nos remetem a textos publicados há mais de 10 anos. Logo depois da confirmação de que Lula ganhou a eleição.

A questão citada pelo seguidor evidentemente trata de dois artigos publicados por Revista Sociedade Militar.

No primeiro deles se mencionou reportagem publicada pela Folha de São Paulo sobre o facto de Jair Bolsonaro ter comparecido em janeiro de 2003 à frente da residência do então recém empossado presidente LULA para pedir que colocasse Aldo Rebelo como Ministro da Defesa em lugar de José Viegas. Bolsonaro, que era terminantemente contra Viegas como chefe dos militares, não foi recebido por Lula. Não leva-se em conta aqui os possíveis motivos que levaram à posição de Bolsonaro na Época. Acreditamos nós que no momento se travava de apontar um “menos pior”.

Atendendo a pedidos para confirmar a informação fomos obrigados a, em outra postagem (aqui), publicar cópia do próprio jornal da Câmara dos deputados, que descreve parte de sessão realizada em dezembro de 2002. Na reunião Bolsonaro manifestou publicamente seu repúdio contra a possível indicação de José Viegas para a defesa e diz que as Forças Armadas precisam ser tratadas com respeito. Em seguida cita Aldo Rebelo e até José Genoino como gabaritados para assumir como Ministro da Defesa do presidente eleito, Luis Inácio da Silva.

Veja o Jornal abaixo, página 5

Segundo a Folha de São Paulo, Jair Bolsonaro não foi bem sucedido na tentativa de evitar que Viegas continuasse como preferido de LULA e, dias depois (Jan/2003), vai para a porta da residência presidencial tentar convencer Lula, o presidente eleito, a indicar José Genoíno em lugar de Viegas.

Mais uma vez.

A Revista Sociedade Militar não possui vínculos com partidos ou candidatos, não aceita doações e não faz jornalismo pela metade, como faz grande parte da mídia comprada pelo governo. Não deixaremos de divulgar um ou outro fato por que desagrada A ou B.

A quem lê, cabe avaliar a veracidade das informações. Acreditamos que só com a verdade podemos construir pilares sólidos o bastante para embasar discussões e decisões coerentes.

Surpreendeu-nos o fato do nosso artigo, tão despretensioso, ter corrido o país tão rapidamente.  Ficamos surpresos por receber centenas de e-mails questionando se era verdade a informação. Ora, já estamos acostumados com isso. Não somos a Veja, a Isto É ou outra publicação que não divulga nada que desagrade ou deixe os leitores tristes. Nem sempre o portador da verdade é visto com simpatia.

Faz quinze dias que publicamos informação que mostravam que BOLSONARO, segundo pesquisa, teria 6% de intenções de voto em Santa Catarina. Recebemos alguns e-mails dizendo “mentirosos”, “informação falsa” etc. No dia seguinte Bolsonaro publicou a mesma informação – obviamente verídica – e estava jubilante por ter tantas intenções de voto ainda antes de se apresentar oficialmente como candidato. O que mostra que nem sempre é coerente julgar como inverdade aquilo que não nos proporciona alegria.

Consideramos ainda que Jair Bolsonaro é um dos poucos políticos que tem atualmente condição moral de falar sobre corrupção. Mas, não é por isso que aqui omitiremos respostas à questões colocadas, temos um compromisso com nossos leitores.

Chega de mentiras e meias verdades.

P.S. A lei faculta a qualquer ofendido procurar na justiça a reparação ou a publicação de desmentido.

Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar