Robson Augusto

Não é só no EXÉRCITO. O ANTIPETISMO está nas três Forças Armadas em todos os postos e graduações

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Em 2014, as vésperas das eleições, o sentimento anti-DILMA já era evidente dentro das Forças Armadas. Nos clubes militares e qualquer lugar que os militares se reunissem a campanha era intensa para que familiares e amigos não votassem na candidata do Partido dos Trabalhadores.  O clube militar do Rio de Janeiro chegou a divulgar comunicado anunciando Aécio Neves como candidato dos Militares, não por sua capacidade, mas porque seria o menos pior e com melhor potencial para derrotar o PT.

Candidatos militares para os cargos de deputado federal e estadual, cientes do sentimento anti-esquerda, evitaram a qualquer custo o Partido dos Trabalhadores e outras legendas esquerdistas.

Na época o editor de Opinião do Clube Militar. General Clovis Purper Bandeira, disse que o PT ainda poderia fazer muito mal para o Brasil

O motivo principal é tirar o PT do poder. Acreditamos que o PT já fez muito mal para o Brasil e ainda tem muito mal a fazer e como lhe disse qualquer candidato que vá para o segundo turno contra o PT terá maioria dos votos entre os nossos associados

Essa semana veio a tona um documento do Partido dos Trabalhadores onde a liderança se lamenta de diversos erros cometidos e de não ter obtido êxito no aparelhamento das Forças Armadas brasileiras e outras instituições como polícia federal e MP. No documento o PT fala sobre promover militares das Forças Armadas ligados a ideologia “progressista”.

Comentando sobre a questão, o Comandante do Exército declarou a uma repórter que esse tipo de coisa acabaria plantando um sentimento antipetista nas Forças Armadas.

Queremos crer aqui que o referido General de Exército quis amaciar o discurso. Mais que todos nós ele sabe que, independente de posto ou graduação, os militares são majoritariamente – em proporção esmagadora – opositores ferrenhos das doutrinas defendidas pelos partidos de esquerda, entre eles o Partido dos Trabalhadores.

Há muito que a Revista Sociedade Militar vem dizendo que militares brasileiros não são e nunca serão como seus congêneres Venezuelanos. Na Venezuela, em troca de apadrinhar Chaves e Maduro, os militares ganharam aviões do último tipo, uniformes novos, crédito mais barato, supermercados exclusivos e outras vantagens.

Por aqui a esquerda sabe muito bem que esse tipo de privilégio não prosperaria jamais. O simples “não apoio” dos militares à tresloucadas idéias de Dilma e equipe pode ser considerado como primordial para a queda da mandatária.

“Os militares brasileiros não ‘entraram na onda’ de seus congêneres de países vizinhos, permanecem como guardiões do Estado e instituições democráticas. Isso parece assustar muito.”

Alguns dizem que as Forças Armadas brasileiras erraram em não promover no país, nos anos que se seguiram a contra-revolução de 1964, um intensa campanha de esclarecimento sobre os verdadeiros objetivos da esquerda. Alega-se que isso abriu portas para a revolução cultural grancista que tornou a esquerda tão simpática para nossos jovens.

Esse mesmo equivoco pode ter ocorrido no que diz respeito a formação dos graduados das três forças. Enquanto o oficialato recebe nas academias militares noções de direito constitucional, história, sociologia, filosofia e outras disciplinas que lhes trazem esclarecimento sobre a história recente do Brasil e Mundo, para os graduados via de regra apenas o ensino técnico-militar é ministrado. Essa condição em tese tornaria os sargentos, elo primordial na estrutura hierárquica, vítimas fáceis do assedio comuno-progressista, que usou em diversos locais do planeta – inclusive Brasil dos anos 60 – a luta de classes como porta para entrada nas instituições militares.

O que impediu as bases das Forças Armadas de ser “aparelhadas” foi o puro e simples esforço individual dos sargentos que buscaram intelectualização por meios próprios. A intelectualização impediu que surgissem novos “ANSELMOS”.

Hoje em dia, ainda que isso não lhes acrescente um centavo nos soldos, o número de militares graduados com cursos superiores obtidos em universidades civis em alguns locais supera o número de oficiais na mesma condição.

A intelectualização dos graduados é rígida barreira contra a  introdução não só de doutrinas desagregadoras nas Forças Armadas brasileiras, como também é fator dissuasivo contra abusos de autoridade e outros desvios de conduta que eventualmente possam vir até de dentro das próprias corporações.

Nas Forças Armadas brasileiras do séc. XXI definitivamente não prosperariam Prestes, Anselmo e Cândido Aragão. Não há mais oficiais e praças do nível daqueles que quase atiraram as Forças Armadas nas mãos da esquerda no século XX.

Texto de Robson A.DSilva – Revista Sociedade Militar.

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