POLÍCIA, BOMBEIROS, SEGURANÇA PÚBLICA, GUARDA MUNICIPAL

“PIOR QUE A MEIA VERDADE É A MEIA MENTIRA” – Sobre a ossada recentemente identificada em São Paulo

“PIOR QUE A MEIA VERDADE É A MEIA MENTIRA

(Marco A. E. Balbi – Cel RRm EB) – Os portais eletrônicos anteciparam. Os noticiários noturnos da TV divulgaram com estardalhaço! E os jornais de 21 de fevereiro publicaram! Manchete espetacular! Identificada a ossada de um cidadão brasileiro considerado desaparecido. Mas, quem seria esse cidadão? Dimas Antônio Casemiro militou na organização terrorista Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, antes de aderir, em setembro de 1970, ao Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT).

Estes foram dois dos inúmeros grupos de esquerda que decidiram pela luta armada, no período de 1968 a 1974, com o intuito de derrubar o poder constituído e implantar a ditadura do proletariado nos moldes da China, da Rússia ou de Cuba. O Estado reagiu contando com o irrestrito apoio da população.

Dentre as ações empreendidas pelo MRT, em 15 abril de 1971, emboscaram e mataram na capital paulista o industrial Henning Albert Boilesen do Grupo Ultra. Dois dias depois, 17 de abril, Dimas Casemiro foi morto num confronto armado com forças de segurança que buscavam capturá-lo.  Como era praxe da época o corpo foi enterrado, após os procedimentos padrão de identificação etc, no cemitério municipal no setor destinado aos indigentes. Passado algum tempo, a administração municipal removeu todos as ossadas daquele local, depositando-os numa vala no Cemitério dos Perus. 

As administrações paulistanas petistas, Marta Suplicy e Luiza Erundina, resolveram explorar politicamente, anunciando pomposamente a descoberta da vala com mais de mil ossadas de desaparecidos políticos. Lorota. Dessas mil ossadas, entre 6 e 8 eram efetivamente de terroristas. A realidade tornou-se ficção para sustentar uma versão dos fatos que interessava à causa das esquerdas, em especial a partir do governo FHC e dos governos petistas.   

A Comissão Nacional da Verdade tentou confirmar a fantasiosa história, mas não conseguiu, graças a hombridade de um funcionário municipal do cemitério que confirmou o fato relatado pelo Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandava as operações em São Paulo e que foi acusado, por aquela comissão, entre outros crimes pelo de ocultação de cadáver.  

Infelizmente o revisionismo histórico gramscista que se infiltrou em toda a inteligência brasileira, em especial nas universidades voltadas para as áreas das ciências humanas, cooptou grande parte da mídia brasileira, através dos jornalistas, que não se cansam de servir à causa e, em especial, tentar neutralizar a grande barreira para a consecução dos objetivos no Brasil: as Forças Armadas, em especial, o Exército Brasileiro, que se contrapôs a todas as investidas.  

Esta campanha difamatória acentua-se quando, em momentos como este da quadra nacional, em que o Exército Brasileiro, junto com as forças coirmãs, goza de alto índice de confiabilidade perante a opinião pública, sendo-lhe atribuídas missões como a de participar da intervenção no estado do Rio de Janeiro.     

O mês de março, quando se celebra o aniversário da reação democrática de 1964, costuma exacerbar o número de matérias que buscam denegrir a imagem da Força Terrestre perante a opinião pública. É bem provável que a ossada do Dimas tenha servido para este propósito. O Marechal Mallet, patrono da artilharia brasileira, em Tuiuti mandou cavar um fosso à frente de suas posições. As cargas da cavalaria paraguaia se perderiam nesse fosso. Mallet, asseverou: eles que venham, por aqui não passam! Seus herdeiros hoje podem afirmar o mesmo!

Publicado em Revista Sociedade Militar

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