POLÍCIA, BOMBEIROS, SEGURANÇA PÚBLICA, GUARDA MUNICIPAL

Como os MILITARES vão reagir se LULA for presenteado com uma decisão favorável

“LUTA FRATRICIDA”, “Fúria das Legiões”. O Silêncio de Villas Bôas ENDOSSA as últimas declarações contundentes de oficiais generais?

Para alguns intérpretes as declarações recentes de militares indicariam que a tropa está inquieta diante da decisão que se aproxima.

Cada vez mais as notas sobre intervenção, que antes eram evitadas pela grande imprensa, são vistas nas páginas principais de grandes mídias online e off-line e os militares inevitavelmente são questionados sobre essa possibilidade. Por outro lado, o comandante do Exército, que normalmente emite notas apaziguadoras sempre que o tema intervenção militar alcança níveis altos de menções nas redes sociais e textos publicados na grande mídia, nos últimos dias permanece calado sobre esse assunto, mesmo diante de frases extremamente fortes como “confrontação nacional”, “derramamento de sangue” e “fúria das legiões”.

As declarações mais duras vêm justamente daqueles que ocuparam cargos chave na administração da tropa terrestre. Como a feita pelo general LESSA, que foi comandante militar da Amazônia, mesmo cargo ocupado pelo prestigioso general Augusto Heleno.

Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, que é considerado como um militar dos mais renomados diante da cúpula das Forças Armadas antevê o caos se LULA for beneficiado no julgamento dessa quarta-feira no STF.

 “Se o STF continuar desafiando a sociedade brasileira corremos o risco de uma confrontação nacional… vai ter derramamento de sangue… infelizmente é isso… crise vai ser resolvida na bala… e o STF está sendo o grande estimulador... O STF parece que está querendo antecipar uma rebelião popular”, diz o general, que foi comandante MILITAR da Amazônia.

Vários militares fizeram declarações contundentes nos últimos dias e alguns, por meio das redes sociais, chegaram a lembrar que uma posição firme pode ser necessária no caso do Brasil perder completamente o rumo. Como fez o General Girão Monteiro ao mencionar a “fúria das legiões”.

O general da reserva é autor de colocações recentes que deixam claro que acredita que a presença de militares na política em âmbito regional e nacional pode ser um diferencial para que o país rapidamente retorne para o rumo certo.

  *Atualização. Algumas horas após a publicação desse artigo, por volta de 20hs dessa terça-feira, o general Villas Bôas, Comandante do Exército, se manifestou por meio de seu Twitter. O oficial fez questão de dizer que repudia a impunidade, a busca de interesses pessoais e que o EB está atento a sua missão constitucional. As postagens de Villas Bôas foram logo endossadas por outros generais da ativa. “estamos juntos… Aço!” respondeu o General Miotto.

A opinião da categoria sobre a posição de Villas Bôas e as possíveis reações à decisão que será proferida nessa quarta-feira.

Revista Sociedade Militar ouviu alguns militares, da ativa e da reserva, de vários postos e graduações. Analisando suas declarações o leitor poderá entender como anda a mente dos militares e qual será a reação das Forças Armadas ante as possíveis decisões dos ministros do STF. 

Of. General 1: “Não posso falar pelo VB. Creio que, apesar de ter a mesma formação que possuímos, ele tem que pensar de forma diferente, avaliar riscos e desdobramentos… consequências até onde mente alcançar. O comandante não enxerga como a gente, ele enxerga como o comandante… com muitos olhos… tem muito mais informações. Um passo errado colocará não só a força terrestre, mas milhões de pessoas, em risco de viver um longo período de caos… e isso poderia se estender por parte da América Latina… é um peso muito grande…  A coisa é muito maior do que se pode imaginar, obviamente com muitas mortes, com luta fratricida, como disse o Gen Lessa,  e até a possível desagregação do país… o silêncio de VB é estratégico sim nesse momento.

Of. General 2: “Boa tarde! A participação das FFAA na vida política de uma nação democrática pode e deve ocorrer no campo da representatividade política. Afinal de contas, nós militares somos um segmento da sociedade. Quando acontece a necessidade do emprego de tropas armadas nas ruas para pacificar situações de crise, significa que essa dita sociedade perdeu seus princípios, valores e o rumo. Essa é a hora para que algumas vozes estejam presentes nos cenários regionais e nacional para demonstrar que o País precisa ´voltar aos trilhos´ da Ordem e do Progresso… Há tempos já não sabemos como sociedade o que são princípios e valores.  Nosso próprio Comandante já afirmou que o Brasil é um país sem rumo”

Of. Superior 1: “É verdade. O silêncio de Villas Bôas acerca desse assunto me parece muito estranho. Sempre que se falou em intervenção ele deu declarações apaziguadoras. Das duas uma, ou está endossando as últimas palavras desses generais da reserva, empreendendo uma espécie de blefe, ou está mesmo planejando algum tipo de ação mais contundente. Se tem uma pessoa certa para fazer isso é ele, que conta com o apoio de todos os pares… Não sabemos, mas talvez até já tenha feito algo… contato com a Carmem lúcia… avisado sobre possíveis desdobramentos da coisa”

Of. Superior 2: “Pode ser que sim. A fala do General Lessa foi muito significativa. Ninguém poderá acusá-lo de “porra louca” como acusaram o Mourão quando se expressou de maneira muito semelhante. General Lessa é muito respeitado inclusive em público civil de peso que extrapola o público militar. Além deles Paulo Chagas e Rocha Paiva foram bastante contundentes. Esses dois são muito próximos do VB… logo mais estarei em Copacabana…

Sargento: “Creio que é possível, se os governos não coibirem as manifestações, que ocorra o caos e após isso a intervenção. Mas se LUAL for absolvido…a sociedade lícita e que quer mudar o país está no limite da agonia. Creio que é possível uma intervenção, mas se o povo for para ruas em repúdio à absolvição de Lula.  Até porque se isso acontecer eles (petistas) se sentirão mais fortes e irão para as ruas também… e vai acabar dando briga. Mas que já esteja planejado algo, não acredito. São muito medrosos…”

1º Tenente (AMAN):Cara, o exército – como instituição – não vai se meter nisso. Estamos enfrentando diversas crises espalhadas pelo Brasil: intervenção no Rio, operação pipa no nordeste, imigração fora de controle de venezuelanos em Roraima, não temos perspectiva de entrar em mais uma frente. Lembro, ainda, que todos os Generais de Exército que estão no alto comando da Força chegaram lá pela mão do PT. Não digo que são petistas, porque não são. Mas entenderam que o Exército precisa ser uma instituição de Estado e não de governo”

Of Superior FAB: “Boa tarde… As últimas manifestações do Cmte do EB foram sim apaziguadoras, porém sempre com farpas muito bem direcionadas (como no tweet de 2 ABR, sobre a idéia de uma força tarefa entre MP, Judiciário e Policiais, mas “claro, com profissionais verdadeiramente compromissados”). O tom mais ameno a mim sugere uma Força tranquila, a fim de não ser mais um fator de tensão para a sociedade. Por fim, o silêncio sobre as declarações de OfGen da reserva muito influentes, creio que seja mais uma precaução, no sentido de que, caso estas declarações se confirmem, não se possa acusar o EB de ter planejado e/ou contribuído para a situação caótica que se apresentar.

Suboficial 1 (Marinha):Acredito que o Villas Bôas enxerga as coisas como o General Lessa. Sei, por amigos, inclusive adjuntos de generais, que ele tem conversado bastante com os outros comandantes e com o chefe do GSI. Pra mim o seu silencio é realmente para honrar as declarações de outros generais, alguns foram inclusive seus superiores. Pode ser encarado como uma espécie de blefe? Sim. Mas, o general não raciocina com a emoção e mesmo que LULA seja solto, ele espera, como todos nós, que não possa concorrer e muito menos ser eleito… e que tanto o Palácio do Planalto como o Congresso recebam em 2019 novos ocupantes, que começarão a mudar esse país. Se houver reação mais violenta esta será em caso de livramento de LULA… em caso contrário não, os petistas sabem que LULA é culpado…”

Suboficial 2: “vejo mais inquietos os oficiais subalternos e coronéis, CT, CC CF e CMG na MB. Serão mais impulsivos? Mas penso que se um quartel se levantar dificilmente outros não seguirão… a tropa tende a se manter coesa… 

Obs: Os militares não serão identificados por motivos óbvios, os comentários foram citados na ordem de chegada das respostas, não por antiguidade.

Veja: A noite que não quer terminar. Generais ENDOSSAM DECLARAÇÕES fortes do Comandante do exército.

Revista Sociedade Militar

Deixe um comentário
Compartilhe
Publicado por
Sociedade Militar