Forças Armadas

MORTE DE PENSIONISTA – “a filha implorou por atendimento” – Denúncia narra OMISSÃO DE SOCORRO em hospital da Força Aérea

Atendimento negado

A pensionista da força aérea brasileira, REGINA ALDESIA DE SOUZA (*) de 79 anos, teve um mal súbito na madrugada do dia 19/02/2020, sofreu uma queda no banheiro e bateu com a cabeça ao cair. A idosa – segundo a denúncia – foi levada às pressas por familiares ao setor de emergência do Hospital de Aeronáutica dos Afonsos – RJ. Infelizmente, chegando ao local, segundo narrado pela família, o atendimento foi negado de forma taxativa, ela “não chegou sequer a passar pela triagem” para verificação de sinais vitais. A família foi informada ainda no corredor do hall de entrada que a Aeronáutica havia cortado o seu direito de ser socorrida pelo sistema de saúde.

A filha explica que não havia como ter conhecimento de tal coisa, pois ainda 20 dias antes a mãe teria sido atendida normalmente e – contam os familiares – jamais foi notificada da existência de qualquer norma ou portaria que a tivesse excluído do atendimento hospitalar da força aérea brasileira.

Familiares chegaram a implorar pelo atendimento – narra o advogado da família –  porém o médico plantonista insistiu na recusa.

O profissional teria afirmado que a idosa precisava de uma tomografia de crânio, mas que não autorizaria a transferência para o hospital de aeronáutica do galeão, mais completo. Diante da recusa a filha da paciente então solicitou, já desesperada, uma requisição médica para realização da tomografia em uma clinica particular, mas nesse momento vem a segunda recusa do médico ao afirmar que não forneceria sequer uma solicitação em receituário da Força Aérea.

Obrigados a ir para o hospital público

Diante da recusa no atendimento emergencial a família foi obrigada a se deslocar as pressas, por meios próprios e – obviamente – inadequados, para tentar atendimento em uma unidade de Pronto Atendimento do sistema público (UPA) em Realengo. Com o local superlotado o encaminhamento para um hospital maior veio logo em seguida. Todavia, infelizmente, com 79 anos de idade a senhora Regina acabou não resistindo e faleceu.

A causa registrada da morte, segundo Antônio Lopes, advogado ouvido pela Revista Sociedade Militar, foi Hemorragia Subdural na sequência de um traumatismo craniano. “Ao negar atendimento emergencial a uma pessoa idosa que sequer foi informada de sua situação cadastral junto ao sistema de saúde da aeronáutica a FAB contribuiu para a perda da vida da pensionista militar, com isso a união federal deverá indenizar a família enlutada. É necessária a indenização e responsabilização para que idênticas situações não voltem a ocorrer.”, diz o representante da família.

A Revista Sociedade Militar entrou em contato com o hospital de Aeronáutica dos Afonsos  – RJ. A equipe de plantão / assessoria de imprensa informou que não poderia fornecer informações sobre o assunto e que os questionamentos deveriam ser dirigidos para a Assessoria de Comunicação da Força Aérea Brasileira. Já fizemos isso, mas, obviamente as colocações da FAB serão publicadas em outra postagem.

(*) Informações prestadas/autorizadas pela família e pelo advogado especialista em direito militar que cuida do caso – Antonio Lopes OAB/RS 110.566 / 51 981803440 wattsapp – antoniolopes.advg@gmail.com – SITE: https://antoniolopesadvogado.com.br/

Revista Sociedade Militar

O e-mail abaixo foi enviado para a Assessoria de Comunicação da Força Aérea Brasileira

Boa tarde, esta revista recebeu denuncia que narra o falecimento de pensionista.

Conta a família que em 19 de fevereiro do corrente ano, o atendimento para a senhora REGINA ALDÉSIA DE SOUZA, com 79 anos de idade, foi negado pela equipe de plantão no Hospital de Aeronáutica dos Afonsos – RJ. Advogado da família diz ainda que a senhora – beneficiária do Fundo de Saúde da Aeronáutica – não foi informada anteriormente sobre seu desligamento do sistema e que – tendo em vista que o atendimento médico foi negado – o hospital é o responsável pelo infeliz desfecho da situação.
Solicito a gentileza de responder as perguntas abaixo
1 – Em que condições a senhora Regina Aldésia de Souza chegou até o Hospital de Aeronáutica dos Afonsos em 19 de fevereiro? 2 – Ela recebeu atendimento?  3 – Caso tenha sido realmente negado o atendimento solicito informar o motivo da recusa.  4 – Qual o procedimento para informar usuários do FUNSA sobre o desligamento do sistema?
5 – A FAB cuida para que todos, incluindo idosos e/ou pessoas com a saúde debilitada, recebam as devidas informações de forma detalhada, adequadas a sua condição física/intelectual, explicando-lhes os motivos do desligamento e dando-lhes oportunidade para contestar administrativamente a decisão? Agradeço antecipadamente pelas respostas.Att, Robson Augusto da Silva – Jornalista, sociólogo

Revista Sociedade Militar 21 96584-7244 (Whatsapp Denúncias 24 hs) e 21 98106-2723 / 21 3620-4454 (Horário comercial)

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