O momento histórico que vivencia a sociedade brasileira exige um outro posicionamento daqueles que comandam os destinos da nação, visando mudanças estratégicas, MUDANDO O AZIMUTE, PARA QUE INDIQUE O RUMO VERDADEIRO, sem o qual o nosso país será o eterno “país do futuro”. O Brasil já perdeu as “Revoluções Industriais” anteriores, se encaminhando celeremente para perder a última e definitiva revolução, a “Revolução Tecnológica”. Dessa forma empenhará as futuras gerações, plasmando a ideia de que “o destino manifesto”, nos impõe sermos um eterno coadjuvante no cenário internacional.
Abordarei, de maneira ainda que sucinta, alguns temas de transcendental importância para o futuro do nosso país.
Andando pelas capitais e cidades médias brasileiras, principalmente nas regiões SUL/SUDESTE, vê-se levas de imigrantes oriundos dos países citados, dedicados ao comércio informal, engrossando o contingente de brasileiros que já vivem em situação de penúria.
É redundante ressaltar, que este tipo de imigração não traz nenhum benefício nem para o imigrante, muito menos para país hospedeiro.
A revolução tecnológica trouxe enormes benefícios e facilidades para o mundo contemporâneo, entretanto diminuiu a empregabilidade e esta cada vez será menor. Esta contradição exige pessoas cada vez mais qualificadas, que aliada à extinção dos empregos tradicionais, faz com que milhões de brasileiros saiam do mercado de trabalho engrossando os bolsões de pobreza, com todas as suas consequências. Favelização das cidades brasileiras, violência, e sobretudo sobrecarregando os já combalidos Sistemas de Saúde, de Segurança, Educação, Infraestrutura sanitária etc.
O Brasil tem imensos espaços vazios, entretanto esses espaços tem que ser ocupados por cidadãos socialmente úteis, produtivos. De nada adianta “alguns fazerem a sopa enquanto outros continuam produzindo as bocas”. É enxugar gelo!
Nesse ritmo, não haverá “bolsa família”, SUS, Previdência Social ou qualquer programa social que se sustente.
Não é missão impossível estabelecer um índice ideal de natalidade, com programas que contemplem as reais necessidades do país, e incentivando uma política de paternidade responsável!
A única vez que foi feita uma auditoria da dívida brasileira, foi no Governo Getúlio Vargas e simplesmente muitos pagamentos foram extintos porque não existiam contratos que os justificassem.
Infelizmente os gestores do passado assinaram o famigerado TNP (Tratado de não Proliferação de Armas Nucleares), cortina de fumaça para manter o monopólio nuclear nas mãos de meia dúzia de países. Gestores estrategicamente míopes, colocaram o Brasil como nação eternamente periférica. Ou o nosso país domina o ciclo completa do átomo, inclusive com o domínio da tecnologia/capacitação da fissão e fusão nuclear, ou jamais será um player mundial!
Por que a arma atômica só é perigosa nas mãos de países ditos periféricos? É Justo que só meia dúzia de países monopolizem o ciclo completo do átomo? Qual é o poder de barganha ou dissuasório que tem o nosso país nas disputas internacionais?
Isso tem um nome, se chama COLONIALISMO TECNOLÓGICO.
Temos que ter, entre outros, um programa espacial próprio; um programa de construção e lançamento de satélites e outros veículos espaciais; aproveitando a melhor posição geográfica que o Brasil possui para tal.
É pertinente lembrar do saudoso estadista Ernesto Geisel, patriota que rompeu tratados internacionais, com nações tradicionalmente amigas, porque eram lesivos aos interesses brasileiros. Geisel buscava consolidar o regime de 1964, cujos objetivos prioritários, depois de derrotar o comunismo, era o Projeto BRASIL POTÊNCIA. Eis que a nação dominante, no cenário internacional, sentindo o “perigo” de um potencial concorrente ao Sul do Equador, começou tirar a base de apoio para o regime vigente no Brasil daquela época. Mesmo depois do nosso país ter prestado um serviço transcendental para o ocidente, durante a “Guerra Fria”. O discurso dos aliados ocidentais passou ser, “AGORA É O MOMENTO DA ABERTURA”, e a “abertura” foi feita. Deu no que deu. Todos conhecem!!!
Somos todos reféns do Estado Brasileiro, a começar pela sua CRFB de 1988, dos Tribunais Superiores, da justiça lenta, do Congresso Nacional, das Câmaras Legislativas Estaduais e Municipais etc. São estruturas paquidérmicas, lentas, privilegiadas e o que é pior, EM GRANDE PARTE, divorciadas dos reais interesse da sociedade as quais deveriam servir. Apesar da Política ser altamente ética, no Brasil, passou ser um refúgio de inescrupulosos e corruptos.
A máquina burocrática brasileira opera como uma lâmpada com o filamento queimado, você tem a lâmpada, só que ela não acende!
É importante ressaltar que as FA não estão imunes aos apelos ideológicos e demagógicos.
GOSTEMOS OU NÃO, INFELIZMENMTE TENHO QUE ME SOCORRER DE UM ÍCONE DA ESQUERDA LATINOAMERICANA, Eduardo Galeano, “A América Latina (e o Brasil particularmente) opera como um relógio que marca as horas com atraso, apesar de continuar marcando a hora, a diferença entre a hora que marca e a hora verdadeira será cada vez maior”.
Publicado na Revista Sociedade Militar
VANDERLINO HORIZONTE RAMAGE: Maj Ref AER/ Bacharel em Administração
Taquara-RS, maio de 2020. Ramage301@hotmail.com
Obs: Os artigos publicados com assinatura não necessariamente traduzem a opinião da Revista Sociedade Militar. Sua publicação tem a intenção de estimular o debate sobre o quotidiano militar/político/social e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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