Forças Armadas

Generais-políticos lutam por salários astronômicos enquanto a tropa organiza protesto para reverter perdas causadas pela nova lei

Os maiores apoiadores e ao mesmo tempo os maiores críticos do governo Bolsonaro são os graduados das Forças Armadas, principalmente os que já estão na reserva. Estes apoiam o atual presidente desde que se candidatou a vereador em meados dos anos 80 e desde então vem mantendo-o como deputado federal por vários mandatos seguidos. Esse grupo, apesar de continuar apoiando as políticas de combate à corrupção e por higienização do estado, no que diz respeito à política salarial voltada para os militares acabou de tornando uma pedra no sapato do Presidente da República e principalmente dos ministros palacianos, todos oficiais generais.

O estopim dessa iminente crise é a lei 13.954. Segundo graduados e pensionistas há melhorias embutidas na nova norma, e estas alcançam principalmente a cúpula das Forças Armadas e alguns poucos graduados da ativa. Já as perdas salariais, segundo informado, são muitas e estão distribuídas principalmente entre militares da reserva e pensionistas.

“Bitributação das pensionistas, Militares QE com perdas… É inacreditável, depois de todas as injustiças da Lei do Mal, tem gente querendo receber acima do teto, enquanto os Graduados e Pensionistas lutam pra receber o mínimo com as correções da nova Lei do Mal.”, diz um suboficial em grupo de whatsapp.

Nesse início de semana as reclamações nas redes sociais se intensificaram por conta das notícias que informam que os generais-políticos tentam implementar malabarismos legais que permitam que possam receber salários acima do teto de 39.3 mil estabelecido para todos os brasileiros. “eles querem ser a exceção, se acham os melhores, os príncipes da corte de Bolsonaro …”, diz um graduado em campo de comentários de site militar. Os graduados e pensionistas estão se organizando para manifestações que ocorrerão em Brasília a partir de 21 de outubro desse ano.

Segundo informado por fonte a repercussão de artigo publicado na Revista Sociedade Militar, que divulgou várias contradições e informações equivocadas dadas pela DEFESA durante a tramitação no Congresso Nacional do Projeto de Lei 1645/2019, tem gerado perda de status na cúpula do Ministério diante da tropa. A polarização tem aumentado e na internet circulam vários cartazes criticando o deputado Major Vitor Hugo, líder do governo na época e o General Fernando Azevedo, o Ministro da Defesa.

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Segundo a ISTO É, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, se posicionou contra  “ a possibilidade de integrantes das Forças Armadas com cargo no governo acumularem remunerações que ultrapassem o teto do funcionalismo – R$ 39,3 mil.” Segundo jornais, o Ministério da Defesa obteve autorização da AGU  Como mostrou o Estadão, o Ministério da Defesa obteve aval da Advocacia-Geral da União para que os generais no governo ultrapassem o TETO.

Hamilton Mourão disse: ““Eu claramente sou contra isso aí no momento que nós estamos vivendo. Se a gente estivesse vivendo uma situação normal, o País com recurso sobrando, tudo bem, mas não é o que está acontecendo”.

Revista Sociedade Militar

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Publicado por
Robson Augusto