O general Hamilton Mourão, vice-presidente, nessa segunda-feira (12/04) em um discurso no Fórum da Liberdade 20121, um fórum privado com as discussões transmitidas pela internet, fez algumas colocações importantes defendendo o presidente da república e a independência entre os poderes.
Para alguns a mudança pode ser sinal de um realinhamento de forças.
As maiores polêmicas da semana estão em torno do que se considera interferência do STF no legislativo ao determinar a abertura de uma CPI e – na mesma semana – decidir pela invalidação de vários itens de decretos sobre armamento e munição editados pelo presidente Bolsonaro.
Mourão disse que ao longo dos últimos anos executivo e legislativo se envolveram em “eventos de corrupção”, e o “judiciário ficou de fora disso aí, não foi tão envolvido nesses problemas…”. Segundo o general, completando o raciocínio, eventos como o próprio julgamento do mensalão acabaram fazendo com que o judiciário crescesse em status diante da sociedade , ele acha também que a inabilidade decisória do legislativo acaba atraindo o judiciário para dentro do jogo político.
“nós precisamos ter… de modo que o poder judiciário compreenda o tamanho de sua cadeira, os seus limites, de modo que não interfira de forma tão contundente em decisões que seriam próprias de outros poderes, notadamente o legislativo… Pouco a pouco nós vamos conseguir superar essa imagem que é passada pra nossa sociedade de que o país está sendo governado pelo judiciário… ele tem tomado algumas decisões que interferem, mas são apenas algumas… “
Sobre a quantidade de militares no governo, Hamilton Mourão explicou que para ele os números não são anormais.
… qualquer governo mantém em torno de 2.500 militares permanentemente, que são os quadros que movimentam o Ministério da Defesa e o GSI…
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