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“Dificuldades” entre oficiais e praças – Deputado subtenente Gonzaga cobra resposta de Oficiais Generais

Nessa quarta-feira, 05 de maio de 2021, o ministro da DEFESA e comandantes das três forças armadas participaram de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, foi uma espécie de sabatina onde os oficiais foram questionados sobre as Forças Armadas e questões ligadas ao governo Bolsonaro.

O ministro da DEFESA, como é de praxe, praticamente repetiu parte de apresentações feitas em momentos anteriores, mas havia dois “elefantes amarelos” na sala. Todos sabiam que os principais e mais duros questionamentos seriam em torno de supostas ameaças de intervenção militar feitas por Jair Bolsonaro e sobre compromissos da DEFESA em relação a correções em uma lei aprovada em 2019 (13.954/2019) que sobretaxou pensionistas e reajustou cursos feitos pela cúpula das Forças Armadas, fazendo o salário dos oficiais generais chegar até bem perto do teto do funcionalismo público.

Em um momento interessante e pouco percebido pela grande mídia, o deputado subtenente Gonzaga, que é graduado da reserva da polícia militar de Minas Gerais, cobrou os oficiais generais as promessas não cumpridas sobre a lei 13.954/2019 e tocou em ponto importante, a discriminação ainda existente, em pleno século XXI, entre oficialidade e graduados.

O parlamentar disse que ainda hoje em Minas Gerais, na polícia militar, existem “algumas dificuldades na relação praças e oficiais…” e que ainda hoje “há restrições nos quadros oriundos de praças “. Se remetendo ao problema existente na FAB, o parlamentar cobrou o comandante da Aeronáutica.

De fato fomos informados por meio de e-mails que é frequente que oficiais oriundos das carreiras de praças, os chamados oficiais especialistas, têm sido “ultrapassados” por militares as vezes mais modernos que ingressam na força por outras portas.

A RSM chegou a ser procurada por oficiais superiores oriundos das escolas de sargentos especialistas, estes tinham como intenção a montagem de uma reportagem completa sobre o assunto. Um deles menciona que fala-se muito em funil, em meritocracia e que se o caso é demonstrar mérito: “homens que vieram dos recantos mais humildes do país, que lutaram contra condições adversas para ingressar nas Forças Armadas, que não são filhos de famílias de oficiais, como ocorre com muitos da cúpula da oficialidade, mas que após várias etapas difíceis conseguiram ascender aos últimos degraus possíveis, teriam tanto mérito quanto aqueles que – muitas vezes assistidos por pais militares ou condições financeiras melhores – tiveram oportunidade de ingressar direto no oficialato por meio de academias como a AFA“.

Abaixo a fala do deputado subtenente GONZAGA

Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar