Um dossiê bastante completo e minucioso lista o nome completo de centenas de militares ocupando cargos. No documento o ANDES, Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, ligado a movimentos de esquerda e um dos principais apoiadores do movimento “Lula Livre”, apresenta sua visão estratégica sobre a situação e convoca para enfrentamento das medidas implementadas pelo governo para “desaparelhar” o serviço público brasileiro.
Pelo que se apurou analisando o material recebido pela Revista Sociedade Militar, funcionários de universidades públicas do país, ligados ao sindicato, estariam se preparando para se fortalecer junto da esquerda. Um dos primeiros passos apontados seria a criação de uma frente única de …
“…lutadores e lutadoras contra a extrema-direita, que estejam dispostos a construir um projeto societário com e para o conjunto da classe trabalhadora, superando sectarismos, disputas fratricidas internas e, acima de tudo, partindo de uma ampla e estrutural análise das raízes do bolsonarismo no Brasil, considerando a dimensão ideológica, o fundamentalismo religioso, a perspectiva miliciana, a denominada ‘ideologia de gênero’ e o combate ao denominado ‘marxismo cultural’. Compreender o espraiamento desses elementos, considerando a rede de fake news construída, e dialogar com o conjunto dos trabalhadores e com a comunidade acadêmica para a defesa intransigente da educação pública, gratuita, laica, socialmente referenciada, antirracista, anticapacitista, antilgbtfobica e antimachista… ”.
Em um dos trechos do dossiê os autores apresentam sua visão de que o atual governo estaria difundindo a ideia de que o serviço público seria habitado por pessoas preguiçosas que teria como objetivo final a privatização de vários órgãos.
“Com o apoio da grande mídia, foi pouco a pouco sendo difundida a noção de que as políticas públicas não funcionam e que isso acontece porque os servidores públicos são “preguiçosos”, “privilegiados” e têm estabilidade… Desde o início do seu governo, o funcionalismo público, particularmente da área da educação, foi um dos principais alvos dos ataques bolsonaristas, baseados em fake news, em uma perspectiva anticiência, miliciana e militarizada, que nega o conhecimento crítico e criativo.”
O documento apresenta uma gigantesca lista de militares, que vão de sargentos a generais, que ocupam cargos em diversos setores da administração pública.
Para os autores os militares das Forças Armadas Brasileiras ocupando cargos na administração pública seriam parte essencial de um esquema de “perspectiva miliciana e militarizada” que teria como objetivo a “fascistização das estruturas de poder no Brasil”.
Abaixo o dossiê completo
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