Áudios que circulam nas redes falam em contatos de caminhoneiros com militares do Exército, mas não há qualquer confirmação oficial de que as Forças Armadas de alguma forma – pelo menos até o momento – estariam envolvidas seja na repressão ou no apoio ao movimento.
O caminhoneiro “Zé Trovão” publicou um ultimato que dá um prazo de 48 horas para o Senado.
“No dia 9 nós queremos uma resposta. Senão, no próprio dia 9 convocaremos o presidente, aí em Brasília, para receber esse documento das mãos do povo brasileiro. […] eu peço a você que está em Brasília, para você e a todo brasileiro de bem, mantenha firme essa luta, vamos lutar por que se nós recuarmos agora nós perdemos tudo, inclusive eu perco definitivamente a minha liberdade.”
Representantes de “Zé Trovão”, liderados pelo advogado EriCk de Carvalho, tentaram entrar no SENADO para entregar documentos, mas não conseguiram. Na frente do Congresso o grupo disse que infelizmente “não nos receberam, estamos aqui desde 11 horas da manhã… agora é oficial, haverá uma nova greve, tentamos resolver pacificamente… para haver paz será necessária a greve… haverá sim o choque econômico… a hora que faltar comida no prato deles aí eu quero ver… a greve está declarada… todo poder emana do povo”.
O Ministério da Infraestrutura informou que existem pontos de concentração de caminhoneiros, com abordagem a outros veículos de carga, em oito estados, até as 17h30 de hoje (8). O balanço foi feito com base em informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). As mobilizações ocorrem na Bahia, no Espírito Santo, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, no Maranhão e no Rio Grande do Sul. Em nenhum desses locais, segundo a pasta, há bloqueio total da pista.
“A PRF encontra-se em todos os locais identificados e trabalha pela garantia do livre fluxo com a tendência de fim das mobilizações até a 0h do dia 09/09. Importante alertar que a disseminação de vídeos e fotos por meio de redes sociais não necessariamente reflete o estado atual da malha rodoviária”, informou o Ministério da Infraestrutura, em nota.
Ainda segundo a pasta, ao longo do dia foram debeladas 67 ocorrências com concentração de populares e tentativas de bloqueio total ou parcial de rodovias.
O movimento ocorre um dia depois de manifestações pró-governo em diferentes cidades, nessa terça-feira (7). Manifestantes pediram o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e a destituição de ministros da corte, além de intervenção militar.
Segundo a Folha de São Paulo “O movimento … segue vivo fisicamente em Brasília, após a manifestação de 7 de Setembro. Mais de cem caminhões ocupam a Esplanada dos Ministérios e são usados para pressionar pela derrubada do bloqueio que dá acesso ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso Nacional.”
No início da tarde, mesmo depois do fim da manifestação de ontem, dezenas de caminhões permaneciam estacionados ao longo do canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, cujo trânsito segue bloqueado.
Eles pressionam pela derrubada do bloqueio policial que dá acesso à Praça dos Três Poderes, onde fica o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
Dados da Agência Brasil e Folha – Revista Sociedade Militar
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