Forças Armadas

Indignação – Tratamento desumano dispensado a sargento do Exército reformado revolta família militar do Oiapoque ao Chuí

Nesses primeiros dias do ano circularam em redes sociais de militares das Forças Armadas vídeos denunciando tratamento desumano dispensado a um militar graduado, reformado do Exercito Brasileiro, que reside na região de Juiz de Fora, Minas Gerais. Recebemos solicitações de publicação da parte de dezenas de leitores de vários locais do país, o que demonstra que há indignação generalizada entre militares em relação ao assunto.

Extremamente debilitado, o militar – sargento reformado Altamir Mendes Nunes – precisaria de assistência domiciliar de um profissional de saúde, que se trata de um serviço indispensável que deve ser custeado pelo Exército Brasileiro como parte dos direitos adquiridos pelos descontos do FUSEX, realizados automaticamente e de forma ininterrupta durante toda a vida de cada um dos militares da força terrestre.

Em vídeo publicado em redes sociais, Saulo Helly Nunes, filho do militar, faz um apelo ao presidente Bolsonaro. Na gravação se percebe em destaque, além do paciente na cama, uma ampola de oxigênio e diversos outros equipamentos médicos.  

“… denuncia de descaso do Exército Brasileiro de Juiz de fora… esse sargento dedicou 30 anos de sua vida ao Exército Brasileiro, hoje perde o direito de ter um técnico de enfermagem… tenho laudos que comprovam que meu pai pontua 13 pontos.. .atrofiado, alimentação por sonda, desnutrido, tendo que ser aspirado, uso 24 horas de oxigênio e eles covardemente cortam o técnico de enfermagem na data de hoje, quero que esse vídeo e chegue ao presidente Bolsonaro… esse homem corre risco sério de vida…”

Segundo informado, Altamir foi para a reserva em 1988. É um homem bastante querido na cidade; politicamente ativo, em 2012 chegou a se candidatar a vereador, recebendo mais de 400 votos.

Segundo informado à Revista Sociedade Militar pelo próprio filho do sargento, o Exército Brasileiro (Hospital de Juiz de Fora) teria de forma ilegal e arbitrária “cortado” a assistência residencial a que teria direito o paciente. Segundo o denunciante, o Exército Brasileiro teria ainda se negado a explicar por escrito os motivos que levaram o hospital a tomar a decisão, que – explica – pode custar a vida do seu pai, que depende de aparelhos e observação constante para sobreviver.

Em laudo enviado à Revista Sociedade Militar o filho do sargento comprova a indicação de um ” técnico de enfermagem pelo período de 12 horas no mínimo”.

Nas redes sociais muitos militares comentam que em relação a oficiais generais o tratamento é totalmente diferente, citam como exemplo o tratamento  dispensado ao general da reserva Eduardo Villas Boas, ex-comandante do Exército.

” O filho terá q impetrar um Mandado de Segurança e para isso terá q pagar 3 mil ao advogado… Ele ficou sabendo que, para o Gen Vilas Boas, além de darem todo o suporte necessário (de fato, não importa a quem seja, estando nesta situação, seja soldado ou general, realmente precisa) tb criaram um aplicativo”

A Revista Sociedade Militar entrou em contato com o Hospital do Exército em Juiz de Fora e Centro de Comunicação Social do Exército. A força enviou e-mail informando que quem responderia sobre o caso seria o comando Militar do Leste. Até o momento da publicação dessa matéria não recebemos resposta.

Robson AugustoRevista Sociedade Militar 

#TratamentodignoparaSGTAltamir

Abaixo, vídeo publicado em redes sociais

Solicitação de informações enviada ao Exército Brasileiro visando esclarecer a situação e ouvir a versão da Força.

” Bom dia … Sobre o paciente ALTAMIR MENDES NUNES, sargento reformado com tratamento de saúde sob responsabilidade do Hospital Geral de Juiz de Fora, que tem indicação de “HOME CARE”, recebemos, entre várias, as seguintes informações:

“O filho, Saulo Helly Nunes, em vídeo divulgado por meio de redes sociais e encaminhado à Revista Sociedade Militar, questionou e pediu por escrito à direção do HMJF o pq foi cortado o serviço de técnico de enfermagem do pai, e responderam para o filho q o HMJF não poderia dar nenhum documento, a não ser se fosse por ordem judicial (covardes, pois sabem q acionar a justiça é caro e nem sempre a familia terá condições financeiras para isso). Orientei-o a procurar a defensoria pública, mas já me disse que a mesma está de recesso, acho q até o dia 10/01. … Ele ficou sabendo que, para  o Gen Vilas Boas, além de darem todo o suporte necessário (de fato, não importa a quem seja, estando nesta situação, seja soldado  ou general, realmente precisa) tb criaram um aplicativo para auxiliá-lo no tratamento.”
Conversamos com o filho do militar em questão, que confirmou as denúncias que circulam pela internet.
Com vistas a publicação de uma reportagem sobre o assunto ainda nessa segunda-feira (03/01/2021), solicitamos, por gentileza, as seguintes informações

  • Em que se baseou o Hospital do Exército em Juiz de Fora para determinar a suspensão do serviço de HOME CARE prestado ao militar em questão
  • O hospital acredita que a suspensão do serviço não coloca em risco a vida do Sr Altair Mendes?
  • Há previsão do retorno do serviço prestado ao paciente?
  • Quais as providências tomadas pelo hospital sobre esse caso?
  • Por qual razão o hospital se negou a prestar informações ao filho do paciente em questão?

Agradecemos antecipadamente a essa prestimosa instituição.

Att, Robson Augusto – Revista Sociedade Militar

— Revista Sociedade Militar – HOJENAWEB ASSESSORIA E COMUNICACAO
 – 23.074.657/0001-07

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