O assunto não é novo. Mas, mesmo diante da desistência do atual presidente de permanecer em sua empreitada para a instituição de urnas com o voto impresso para as eleições de 2022, persistem os boatos que indicariam que as Forças Armadas realizaram algum tipo de ameaça relacionada às eleições, que em caso de derrota de Bolsonaro a eleição não “seria aceita” e que as Forças Armadas apoiariam algum tipo de revolta popular nos moldes do que ocorreu nos Estados Unidos após ser comprovada a derrota de Donald Trump. Há algumas semanas a Câmara dos Deputados questionou oficialmente o Ministério da Defesa e oficiais comandantes das três forças.
“o Estadão1 noticiou que o Ministro da Defesa, General Braga Netto, fez ameaça e condiciona as eleições de 2022 ao voto impresso. Segundo a matéria, no dia 8 de julho, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), recebeu um duro recado do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, por meio de um importante interlocutor político. O general pediu para comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022, se não houvesse “voto impresso e auditável”. Ao dar o aviso, o ministro estava acompanhado de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica…. O Presidente Jair Bolsonaro repetiu publicamente a ameaça de Braga Netto no mesmo 8 de julho. “Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”, afirmou Bolsonaro a apoiadores, naquela data, na entrada do Palácio da Alvorada. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, no dia 6 de maio, o presidente já dizia, sem apresentar provas, que o atual sistema de urna eletrônica permite fraude. “Vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. Não vou nem falar mais nada. (…) Se não tiver voto impresso, sinal de que não vai ter a eleição. Acho que o recado está dado”, afirmou Bolsonaro. Dessa forma, faz-se necessário a busca de mais informações do Ministério da Defesa sobre tal notícia de ameaça e condicionamento das eleições de 2022 ao voto impresso, conforme noticiado.”
Na resposta enviada pelo General Braga Netto para o deputado-secretário da Câmara dos Deputados, com data de 13 de outubro de 2021, foi bastante enfática a afirmativa de que o general não fez as declarações e que não utiliza INTERLOCUTORES para se comunicar com o parlamento e que a nota veiculada pela imprensa é falsa.
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