Forças Armadas

General Pazuello quer ser dep. Federal para representar militares e sociedade conservadora do Rio de Janeiro

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pauzello,  pediu para se aposentar do cargo de general da ativa do Exército Brasileiro para disputar uma vaga de deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro (RJ). A informação foi dada por vários jornais, inclusive alguns de sua região e com o pedido de transferência para a reserva remunerada o oficial cumpre a risca o prazo de desincompatibilização exigido pela Justiça Eleitoral.

Atualmente, o general exerce a função de assessor de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

O Exército informou a sociedade sobre o pedido

“O Centro de Comunicação Social do Exército informa que a Diretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social (DCIPAS) recebeu, no dia 21 de fevereiro, requerimento do General de Divisão Eduardo Pazuello solicitando a sua passagem para a reserva remunerada. O requerimento será processado e o ato formal de passagem para a reserva, publicado oportunamente no Diário Oficial da União”

Tudo indica que o general, que se envolveu em situações polêmicas nos últimos anos, deverá se filiar ao Partido Progressista (PP) do Rio de Janeiro ou ao Partido Liberal (PL).

A escolha do Rio não é sem motivo. O estado possui o maior contingente militar do país, com mais de 270 mil famílias ligadas às Forças Armadas, o que leva a um número que pode chegar a 1 milhão ou mais de eleitores. A sociedade conservadora no estado também é enorme.

Pra se ter ideia da magnitude dessa informação, somados, esses fatores levaram Bolsonaro a receber mais de 460 mil votos em 2014, última vez que concorreu para deputado federal.

O presidente Bolsonaro tem no Rio vários nomes para apoiar no que diz respeito à reeleição para deputado federal, entre eles Hélio Lopes e Daniel Silveira. Chegou-se a mencionar a possibilidade de que Hélio Lopes concorresse para senador, mas poucos creram nisso na medida em que o parlamentar-subtenente do Exército parece ter pouco interesse em realizar discursos e também pouca disposição para entrar em um embate político, algo considerado indispensável em uma candidatura de tanto peso.

Se Pazuello for um dos nomes escolhidos por Bolsonaro a candidatura terá que ser bem esquematizada para que os votos não se concentrem em um só nome e Hélio Lopes acabe ficando de fora.

Revista Sociedade Militar

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