Forças Armadas

“Está com medo general?” – PSOL aposta na divisão entre GENERAIS e PRAÇAS. Deputado de esquerda desafia general para discussão sobre salário dos militares de baixa patente.

Hoje o deputado Glauber Braga, do PSOL – RJ, enviou para militares das Forças Armadas um trecho de discussão entre ele e o general Girão no auditório da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. O parlamentar cobrou do oficial general o cumprimento de promessa feita pelo governo de que iria rediscutir a reestruturação das carreiras dos militares com o intuito de reparar os erros cometidos contra algumas categorias, como pensionistas, militares dos quadros especiais e suboficiais na reserva remunerada.

A lei 13.954 de 2019 é de longe a norma mais polêmica que alcançou os militares nos últimos anos. Elaborado ainda no governo Dilma, o projeto foi apresentado no primeiro ano do governo Bolsonaro pelo então ministro Fernando Azevedo, demitido sumariamente logo depois por Bolsonaro. A norma é considerada por muitos militares uma espécie de “sabotagem legal” que acabou dividindo as Forças Armadas ao conceder maiores vantagens para oficiais generais e algumas poucas categorias na ativa, esquecendo principalmente da tropa na reserva e pensionistas.

“Eu fiz uma proposta concreta, o senhor aceita ou não aceita… agora se está com medo…” Disse Glauber Braga

O parlamentar do PSOL propôs um desafio ao general Girão, sugeriu uma audiência pública aberta onde graduados pudessem discutir com os generais questões importantes no que diz respeito aos seus salários. Girão não gostou e reagiu violentamente.

A polêmica tem escalado nos últimos dias e grupos de militares já tem se reunido com partidos de esquerda, como PSOL e PDT para discutir métodos e estratégias para tentar fazer com que o governo cumpra a promessa de corrigir os erros da reestruturação das carreiras dos militares.

A discussão já se alastra para grupos nas redes sociais e até clubes onde os militares se reúnem nos finais de semana, aqueles que são favoráveis à união com a esquerda tem sido duramente rechaçados e taxados de “comunistas” e “melancias”.

O comandante da Marinha recentemente, em vídeo gravado na Escola de Guerra Naval, admitiu que houveram erros na reestruturação e que algumas categorias de fato foram esquecidas.

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Publicado por
Sociedade Militar