Forças Armadas

Denúncia de que Marinha nega atendimento de urgência para esposa de suboficial gera indignação de Norte a Sul do país (Sociedade militar em rede)

Na era das redes sociais nenhum fato fica oculto e sem discussão. Nessa quinta-feira (01/06/2022) a esposa de um suboficial da Marinha teve atendimento negado no Hospital Naval de Belém. Após constatada a necessidade de atendimento de um médico especialista, a beneficiária do Sistema de Saúde da Marinha, esposa de um suboficial fuzileiro naval, não teria sido atendida adequadamente porque não reside em Belém. O casal, que mora em um motorhome e tem como sede a cidade de Manaus, estava em Belém do Pará a passeio.

Imagem do motorhome do suboficial Caleffi e Esposa – Represa de Balbina / Canal Férias Constante no YOUTUBE

À Revista Sociedade Militar o militar titular do benefício no FUSMA enviou documento de recadastramento de prova de vida realizado na própria Marinha do Brasil em Belém do Pará no mesmo dia em que ocorreu o caso.

À revista Sociedade Militar, que conversou com o mesmo na manhã desse sábado, o militar deixou claro quer enxerga a coisa como um paradoxo, a força pode realizar recadastramentos no sistema de militares residentes em outras sedes, mas ao mesmo tempo alega que não pode conceder guias para atendimento médico para dependentes desses militares, mesmo em casos de urgência. Disse também que já está cuidando por conta própria do tratamento da saúde da esposa.

Em meio à discussão levantada nas redes sociais em vários grupos, alguns militares questionaram se a mesma situação ocorreria com a esposa de um oficial general em viagem à Belém. Militares chegaram a mencionar que em hospitais militares há entradas privativas para que detentores de determinados postos, mesmo estando na reserva remunerada, recebam atendimento prioritário. Outros vaticinam que a tendência é que as Forças Armadas passem a pagar planos de saúde particulares para os militares, reservando a saúde militar somente para atuações de fato operacionais e atendimento emergencial dentro das organizações militares.

Os comentários nas redes sociais demonstram a insatisfação e indignação com a situação.

Na carta de serviços para o usuário, divulgada pela marinha do Brasil, percebe-se que de fato a força prevê atendimentos fora da sede do militar/beneficiário. A orientação para atendimentos de urgência dentro do país é a seguinte.

… 10. E NO CASO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA? 10.1 – No País No caso de uma urgência/emergência médica, procure uma Organização Militar Hospitalar da Marinha (OMH). Se na localidade onde está ocorrendo a urgência/emergência não existir uma OMH ou, se a distância ou o caráter emergencial não permitirem acessá-la, dirija-se a uma outra unidade de saúde obedecendo, prioritariamente, à seguinte ordem: I) Organizações de Saúde de outra Força Armada (Exército ou Aeronáutica) ou Forças Auxiliares (Polícias Militares e Bombeiros Militares); II) Organizações de Saúde públicas (Federal, Estadual e Municipal); e III) Organizações de Saúde civis, credenciadas por OMH / OMFM.”

A Revista Sociedade Militar, com o objetivo de obter mais informações sobre o caso, enviou solicitações de informações para a Marinha do Brasil.

Abaixo o questionamento enviado ao Comando do Quarto Distrito naval, responsável pelo Hospital Naval de Belém e em seguida a narrativa que circula pelas redes sociais de militares das Forças Armadas.

Até o fechamento desse artigo a Marinha do Brasil não havia respondido.

De          Revista Sociedade Militar
Para       com4dn.imprensa@marinha.mil.br, imprensa@marinha.mil.br
Data      Hoje 14:28

Recebemos denúncia de tratamento degradante, discriminação e recusa de atendimento médico para beneficiários dos sistema de saúde da Marinha.

Solicitamos, visando publicação nessa sexta-feira (03/06/2022) de um artigo sobre o assunto, respostas às questões abaixo colocadas relacionadas a situação ocorrida no período compreendido entre 30 de maio e 1 de junho de 2022. Logo abaixo das perguntas, reproduzimos a denúncia recebida.

1 – O Hospital Naval de Belém se recusou a atender a esposa do suboficial Fuzileiro Naval IF 80.09.07.61 Caleffi?

2 – O hospital possui em seus quadros um especialista em reumatologia?

3 – O Hospital se recusou a fornecer a guia para atendimento médico na especialidade reumatologia?

4 – O hospital alegou que a Diretoria de Saúde não permite o atendimento de militares em áreas fora de “sua sede”?

5 – O militar em questão é um suboficial, se a situação ocorresse com um oficial general o tratamento dispensado seria o mesmo?

6 – As regras são as mesmas para todos os beneficiários do sistema de saúde naval?

7 – Qual a versão da instituição sobre o caso?

Denúncia que circula perlas redes sociais de militares das Forças Armadas.

“SO FN IF 80.09.07.61 Caleffi 

…  Moramos em um trailer a 7 anos e estamos viajando pela América do Sul, logo nos encontramos em trânsito e hoje para nossa surpresa e infelicidade precisamos dos serviços hospitalares que são devidamente cobrados pela Marinha do Brasil no nosso bilhete de pagamento, como nos encontramos em Belém/PA e minha esposa precisou de uma guia para um especialista (reumatologista), pois passando pela triagem médica foi constatado que era caso de URGÊNCIA, porém o HOSPITAL NAVAL DE BELÉM recusou-se , alegando que DIRETORIA DE SAÚDE não permite, pois minha sede é Manaus/AM, ou seja , desamparando totalmente alguém que deu 30 anos de serviço Brasil à fora servindo o seu país no sol e na chuva!

Fora de Manaus para Marinha do Brasil não sou mais militar, espero que nenhum amigo da reserva se depare com esse tipo de situação, pois se você veterano precisar de auxílio fora da sua sede ou ter um ente querido, uma esposa ou um filho em situação médica é assim que a Marinha do Brasil irá lhe tratar, como um completo ninguém que deu sua vida pela casa! “

Agradecemos antecipadamente pelas respostas.

Obs: Enviamos essa solicitação por dois e-mails diferentes para garantir o recebimento por esta instituição, caso receba duplicada solicito

desconsiderar uma delas.  Enviamos cópias para o Comando da Marinha e Ministério da Defesa, para conhecimento.

— Revista Sociedade Militar – HOJENAWEB ASSESSORIA E COMUNICACAO

   – 23.074.657/0001-07

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