Forças Armadas

Hélio Lopes, rejeitado por militares e disputando com outros amigos do presidente, em estratégia cara aos cofres públicos, manda imprimir 197 mil envelopes e etiquetas

Nas redes sociais do deputado Hélio Lopes, quando o mesmo ousa falar da categoria a que pertence, militares das Forças Armadas, percebe-se um enxurrada de críticas postadas por subtenentes, sargentos, cabos e soldados. O parlamentar aparentemente não conseguiu o pretendido reconhecimento como representante da categoria.

No passado quando tentou se eleger com o chamado voto militar acabou fracassando, seus números são microscópicos, e no presente, quando teve oportunidade de influir em questões importantes para a categoria, não conseguiu se destacar.

Bastante chegado ao presidente o deputado sequer fez parte da comissão que estudou a lei mais importante da década no que diz respeito aos militares e quando questionado sobre o tema não aceitou lutar pelas demandas daqueles que, como ele, tem origem nas camadas mais na base das estruturas militares.

Sobre os militares que lutavam por mudanças a favor da categoria durante a tramitação da reestruturação, ele disse que queriam “ganhar projeção”.

Gente familiarizada com os bastidores da política, ouvidos pela Revista Sociedade Militar, acreditam que dificilmente o parlamentar não será reeleito dado o número enorme de votos de bolsonaristas que recebeu nas eleições passadas. Mas, apontam que a tarefa dessa vez não será tão fácil, já que – além de candidatos militares em outros partidos – terá que enfrentar o general Pazuello, Max Bolsonaro e Daniel Silveira, todos concorrendo a cadeiras na Câmara dos deputados.

A coisa não para por aí. Graduados das Forças Armadas já iniciaram uma campanha voluntária para desestimular o voto em Hélio Bolsonaro. Apelidos como papagaio de Pirata e outros circulam ao lado de imagens do parlamentar.

Do seu lado, Hélio faz o que pode, mandou comprar 197 mil envelopes que deverão ser enviados para seu eleitorado no Rio contendo um folder. A estratégia custará aos cofres públicos a vultosa quantia de R$ 96.438,00. O objetivo é obvio, tentar convencer o eleitorado carioca que fez alguma coisa que não fosse aparecer nas fotografias ao lado do presidente Bolsonaro.

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