Daniel Silveira, cabo da polícia militar e André Monteiro, subtenente, também da polícia militar do Estado do Rio, ex-militar do Exército Brasileiro e membro da Batalhão de Operações Especiais, compõem a única chapa totalmente militar que concorre para o senado no país. A dupla concorre pelo Rio de Janeiro com o conhecido e simbólico número 142, o partido é o PTB e se Daniel Silveira, que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro, for eleito, o mandato será de oito anos e os militares cariocas terão como representante um membro nato e bastante familiarizado com os problemas enfrentados pelas categorias de base da estrutura militar.
Durante a estadia no comitê, instalado em um prédio antigo nas proximidades da Alerj, percebemos que militares das FA e Forças Auxiliares apresentavam sugestões e demandas ao projeto político e conversavam muito principalmente com André Monteiro, candidato a primeiro suplente de Daniel Silveira.
Daniel Silveira conversou com a Revista Sociedade Militar, disse que como militar graduado tem conhecimento das dificuldades enfrentadas pelos praças. O policial – deputado – candidato estará em evento em clube de suboficiais e sargentos da Aeronáutica no próximo sábado, 3 de setembro, o que mostra que as camadas médias das Forças Armadas de fato se aproximam da sua candidatura.
Mencionamos a discussão mais recente sobre um projeto de isenção do imposto de renda apresentado por outro parlamentar ligado a segurança pública, que não incluiu militares das Forças Armadas. A indignação com a situação inclusive levou alguns graduados ao diretório do PTB em busca de articulação para que a proposta fosse modificada.
O projeto, como mencionado, foi protocolado por outro parlamentar e não alcançou os militares das Forças Armadas. O deputado e candidato ao senado explicou que essa proposta recente deve ser apensada ao projeto que apresentou anteriormente e que no texto original fica aberta a possibilidade para todos os membros da segurança pública, disse que a proposta tem potencial de alcançar mais de 1 milhão de membros da segurança pública, incluindo militares das Forças Armadas e que acredita na possibilidade da matéria passar pela Câmara dos Deputados na próxima legislatura.
O parlamentar sofreu uma sanção recente que o impede de utilizar o fundo partidário. Aliada à proibição de utilizar suas redes sociais, algo indispensável hoje em dia em campanhas eleitorais, o conjunto poderia inviabilizar uma campanha, abatendo o ânimo de qualquer candidato. Todavia, Daniel Silveira não parece desanimado e disse que não vai desistir, lembra que sua ascensão se deve à indignação dos brasileiros com tudo de ruim que vinha ocorrendo.
Em 2014 Romário, que concorre novamente, precisou de 4.6 milhões de votos para vencer as eleições e se consagrar como senador pelo RJ.
No que diz respeito às demandas das camadas médias e da base das Forças Armadas, disse que as portas já estão abertas. Seu suplente, André Monteiro, subtenente do BOPE e ex-militar do Exército, demonstrou clara compreensão sobre as dificuldades para que as demandas da base cheguem até a cúpula do executivo, tanto estadual como federal.
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