Forças Armadas

Generais fazem campanha milionária. Peternelli recebe 2 milhões para concorrer em São Paulo

O general da reserva Sebastião Peternelli é um dos militares das Forças Armadas que concorre à reeleição. Disputando novamente a cadeira de deputado federal, o oficial general conta com a generosa quantia de 2 milhões de reais para sustentar sua campanha à reeleição.

Em 2018 o oficial declarou que gastou pouco mais de 37 mil reais na campanha, sendo que apenas 6 mil tiveram origem nos cofres do partido. A campanha foi bem sucedida, atrelado a Bolsonaro o militar do Exército na reserva remunerada recebeu 74 mil votos.

Do próprio bolso o deputado-oficial general só colocou até o momento 1 mil reais em sua campanha para a reeleição.

Outro general – candidato, Eliezer Girão, da mesma turma na AMAN que Peternelli, concorre no Rio Grande do Norte. Ele também pode fazer uma campanha milionária. O oficial, que concorre à reeleição e é um dos favoritos em seu estado, já dispõe de 1 milhão de reais de verba transferida pelo partido para sua conta de campanha.

Militares de baixas patentes que pretendem representar as camadas médias e da base das Forças Armadas no Congresso Nacional não têm o mesmo tratamento. A distribuição da verba para a campanha, que sai dos bolsos da sociedade, não tem uma regra que obrigue os partidos a ajudar todos os candidatos de forma igualitária e com isso se repete no parlamento o que já ocorre em outros nichos da sociedade, fazendo da eleição proporcional um endosso do mesmo sistema injusto que se percebe há séculos no país.

A título de comparação: Valmir Júnior, suboficial da Força Aérea, que tenta também no Rio Grande do Norte uma vaga para deputado federal, apesar de precisar de quantidade similar de votos para ser eleito, dispõe para a sua campanha um valor cerca de 1000 vezes menor do que seu “colega” de profissão que é general.

O PTB não repassou um centavo para o candidato, que doou para si mesmo a quantia de R$ 1.300,00

A contratação de uma empresa de marketing e publicidade para a campanha, que em preços módicos fica na faixa de 90 mil reais, passa longe das possibilidades de sargentos e subtenentes que lançam seu nome às urnas.  

Revista Sociedade Militar

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