Forças Armadas

Não querem migalhas! Militares prometem sindicalização da categoria em Portugal

Os presidentes das associações de militares, que representam oficiais, sargentos e militares não graduados das Forças Armadas de Portugal se revezavam no microfone no Terreiro do Paço nessa terça-feira (23/10/2022) para reclamar dos aumentos de salário previstos para o próximo ano e principalmente da falta de vontade do governo em negociar com a categoria.

O cabo-mor Paulo Amaral, presidente da Associação de Praças (AP), que já conta de 22 anos na representação da categoria, disse que o reajuste para os militares não pode ser o mesmo que o concedido para o restante do funcionalismo na medida em que os militares tem arriscado a sua vida e teriam, na sua visão, “muito mais deveres do que qualquer outro cidadão” e não querem “migalhas”.

Entre as questões colocadas alguns líderes exigem uma jornada de trabalho bem estipulada e pagamento de horas extras caso seja ultrapassada. O tenente-coronel António Mota, presidente da associação dos oficiais disse que se for necessário não hesitarão em transformar as associações em sindicatos.

“O direito de negociação coletiva dos militares tem de ser reconhecido às associações que são as únicas – repito bem, as únicas – entidades responsáveis pela negociação. (…) Nós queremos, e exigimos, ter o direito de negociação coletiva e de representação coletiva. Se, para isso, nos obrigarem a ter o estatuto de sindicatos, não hesitaremos um segundo”, afirmou o presidente da AOFA.

Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar