WC-135R: saiba mais sobre a aeronave militar dos EUA que “invadiu” espaço aéreo brasileiro

Como noticiamos recentemente, uma aeronave da Força Aérea dos Estados Unidos ignorou o serviço de controle aéreo brasileiro e, sem nenhuma comunicação prévia, sobrevoou o litoral brasileiro, mais precisamente o litoral norte do estado do Rio de Janeiro, causando atritos na relação entre os dois países. 

Trata-se de um WC-135R Constant Phoenix, também conhecido como “The Sniffer” (O Farejador, em inglês). Como informa o portal de notícias Airway, especializado no mundo da Aeronáutica, a aeronave é “derivada do antigo Boeing 707 é usada para coletar amostras da atmosfera em busca de resíduos radioativos de explosões nucleares”. Vem daí o seu apelido “snuke sniffer” ou “farejador nuclear”.

Mas você sabe o que faz o farejador WC-135R?

O WC-135R tem um longo e rico histórico no mundo da aviação militar. O Constant Phoenix (Fênix constante/fiel) foi concebido em 1947, no âmbito do pós-2ª Guerra Mundial e início da Guerra Fria, realizando missões costumeiras em várias partes do globo. Chegou mesmo a rastrear dejetos radioativos da catástrofe nuclear da usina de Chernobyl, no território da Ucrânia, então União Soviética e em Fukushima, no Japão.

Isso porque o WC-135 é uma aeronave de coleta atmosférica que capta partículas sólidas e gasosas no ar para serem analisadas. Esse tipo de aeronave possui um duto externo para coletar as amostras e desenhar a situação da nuvem radioativa em tempo real. Um tremendo avanço na aviação militar!

Hoje o “farejador nuclear” é uma máquina militar usada em missões de rotina, prestando apoio ao Tratado de Interdição Parcial de Ensaios Nucleares, do qual o Brasil é um dos signatários. O Tratado, assinado em 1963, proíbe testes do tipo sobre a superfície terrestre.

 

Qual foi a resposta da USAF, a Força Aérea Americana?

Segundo o portal Força Aérea, reverberando as palavras de Susan Romano, Diretora de Ralações Públicas do Air Force Technical Applications Center (AFTAC), não houve invasão do espaço aéreo brasileiro, tendo a missão sido realizada em espaço aéreo internacional.

“Esta foi a primeira implantação ‘OCONUS’ do #836 [Outside the CONtinental United States, ou “fora do território continental dos Estados Unidos”]. A aeronave recebeu mais de 90.000 libras de combustível (cerca de 41 toneladas) – o maior reabastecimento em vôo do #836 desde que ele foi repassado para  a 55th Wing de Offut AFB, Nebraska”, confirmou Susan Romano ao portal The War Zone.

Qual a sua opinião sobre o caso? A resposta foi convincente? Deixe sua opinião nos comentários.

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Publicado por
Jefferson S