Na última quinta-feira, 8 de janeiro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis, com o objetivo de desmantelar uma organização que envolvia oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos. Entre os principais alvos da operação estava o coronel reformado Laércio Virgílio, conhecido como “General Virgílio”, que teria desempenhado um papel central no planejamento para a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Segundo as investigações, o General Virgílio teria assumido um papel central no esquema, tendo assinado um documento que confirmava a data e o local para a prisão de Moraes. A ação estava prevista para o dia 18 de dezembro de 2022, na residência do ministro em São Paulo. O documento em posse da PF fortalece as evidências contra o coronel reformado, que é apontado como parte do núcleo de oficiais de alta patente envolvidos na trama.
Além de Virgílio, a operação também teve como alvos figuras proeminentes como ex-ministros, militares de alta patente e outros indivíduos ligados ao governo anterior. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em várias regiões do país, com destaque para nomes como Augusto Heleno Ribeiro Pereira e Walter Souza Braga Netto.
A Operação Tempus Veritatis visa desbaratar uma suposta tentativa de golpe de Estado e a subversão do Estado Democrático de Direito, com o intuito de manter Jair Bolsonaro no poder. Os detalhes desse plano foram revelados durante a investigação, que também resultou na emissão de mandados de prisão contra indivíduos ligados ao governo anterior, como o ex-assessor especial Felipe Martins e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Para Virgílio, a tentativa de golpe de Estado é uma narrativa inventada. “Por quem tem interesse justamente em dar o golpe, que foi o que nós sofremos. Nunca teve tentativa de nada, muito menos da minha parte. Não participei de nenhuma passeata”.
Fonte: Campo Grande News