Defesa e Geopolítica

Almirante dos EUA alerta: “Expansão militar da China lembra a Segunda Guerra Mundial”

O Almirante John Aquilino, chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA, alertou que a China está expandindo seu poder militar em um ritmo sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de estar pronta para invadir Taiwan até 2027.

Em um comunicado ao Comitê de Serviços Armados da Câmara dos EUA, Aquilino destacou que o Exército de Libertação Popular (PLA) da China está se modernizando em todos os domínios, incluindo terra, mar, ar, espaço, cibernético e informação.

“Todas as indicações apontam para o PLA (Exécito de Libertação Popular) atender à diretiva do Presidente Xi Jinping de estar pronto para invadir Taiwan até 2027”, escreveu Aquilino em um testemunho ao Comitê de Serviços Armados da Câmara dos EUA. E acrescentou: “Além disso, as ações do PLA indicam sua capacidade de atender ao cronograma preferido de Xi para unificar Taiwan com a China continental pela força, se assim for direcionado”.

O almirante John Aquilino, comandante do Comando Indo-Pacífico dos EUA.

Ele citou o acúmulo de mais de 400 aeronaves de combate, 20 navios de guerra e o dobro de mísseis nos últimos três anos como evidências da crescente força militar chinesa.

Em uma escala não vista desde a Segunda Guerra Mundial, a acumulação do PLA está ocorrendo em terra, mar, ar, espaço, cibernético e domínios de informação”. E acrescentou que “O exército chinês adicionou mais de 400 aeronaves de combate e 20 navios de guerra ao seu arsenal e dobrou seu inventário de mísseis nos últimos três anos.”

Aquilino acredita que, embora a China ainda prefira uma assimilação pacífica de Taiwan, a rápida expansão militar indica sua capacidade e intenção de usar a força se necessário. O almirante reforçou a necessidade de os EUA acelerarem o desenvolvimento militar para deter a China e garantir a segurança na região do Indo-Pacífico.

Ele recomendou a implementação de sistemas de defesa contra mísseis hipersônicos e de cruzeiro em Guam até 2027, dois anos antes do prazo previsto pelo Congresso. A China, por sua vez, não oficializou planos de guerra contra Taiwan, mas o presidente Xi Jinping insiste na unificação da ilha com o continente, sem descartar o uso da força.

Analistas debatem a viabilidade de uma invasão anfíbia, enquanto os EUA ponderam sua intervenção em caso de conflito. A modernização militar da China sob o comando de Xi Jinping visa torná-la uma potência militar “de classe mundial” até 2027, gerando receios de que Pequim possa desafiar a hegemonia americana no Indo-Pacífico e no mundo.

Apesar das preocupações levantadas, Aquilino e outros líderes militares dos EUA afirmam que a ameaça de um conflito direto entre os EUA e a China não é imediata nem inevitável. No entanto, eles alertam que é crucial que o Pentágono atue rapidamente para reduzir o risco de guerra na região do Indo-Pacífico.

Fonte: Poder Naval

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Publicado por
Sérvulo Pimentel