Neste 1º de abril, a General Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência da República durante o governo Bolsonaro, rebateu recentemente as acusações feitas por jornalistas sobre a atuação das Forças Armadas Brasileiras no Haiti. Em publicação no O Globo, o general subiu o tom e afirmou que a boa imagem das Forças Armadas não é resultado de marketing, mas sim do árduo trabalho, esforço e sacrifício de aproximadamente 35 mil homens e mulheres.
O General Rêgo Barros, que comandou o 1º Batalhão Brasileiro de Força de Paz (Brabat 1) no Haiti em 2010, destacou a importância da missão brasileira em meio às crises enfrentadas pelo país caribenho. Ele relembrou os desafios enfrentados pelos militares brasileiros, desde o socorro às vítimas do terremoto de 2010 até o enfrentamento de bandidos armados em prol da segurança e paz na região.
Durante sua intervenção, o general enfatizou que as ações das Forças Armadas no Haiti não podem ser reduzidas a uma mera estratégia de marketing. Ele ressaltou momentos de extrema dificuldade enfrentados pelos militares, como o resgate de vítimas sob escombros, o enfrentamento de condições insalubres e a prestação de assistência humanitária em meio à pobreza e à violência.
Afundar a perna até o joelho em água pútrida, mesclada com lixo, dejetos animais e humanos, na favela de Cité Soleil enquanto patrulhávamos não é questão de marketing.
Fazer as honras fúnebres aos 18 militares que perderam a vida esmagados entre escombros provocados pelos tremores não é questão de marketing.
“Acolher milhares de feridos, muitos amputados, nas instalações de saúde no Campo Charlie, fornecendo-lhes comida, água e carinho, não é questão de marketing.
Enfrentar terremotos, furacões e tempestades tropicais arrasadores, enquanto convivíamos com pobreza e insalubridade na “cozinha do inferno”, não é questão de marketing.
Submeter-se ao perigo real de perder a vida em solo estrangeiro, em nome da paz, ao enfrentar bandidos sanguinários e muito bem armados, não é questão de marketing.
Escarafunchar paredes instáveis, ainda sob impacto de tremores secundários, na busca de pessoas que urravam por socorro, não é questão de marketing”, disse o general.
Rêgo Barros também refutou críticas feitas por alguns jornalistas sobre o envolvimento político das tropas brasileiras, reiterando que o foco sempre foi a promoção da paz e estabilidade no Haiti. Ele argumentou que a missão de paz desempenhada pelos militares brasileiros foi reconhecida internacionalmente como um exemplo de sucesso pelo Departamento de Operações de Paz da ONU.
Por fim, o General de Divisão da reserva Otávio Santana do Rêgo Barros destacou que, apesar dos desafios e dificuldades, os homens e mulheres das Forças Armadas Brasileiras deram o seu melhor em prol de um ideal nobre: construir solidariedade e promover a paz. Ele encerrou sua fala relembrando o lema dos boinas azuis: “tudo pela paz”.
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