No relatório da diligência feita na residência de Mauro Cid em Brasília em 11 de agosto de 2023 ficou registrado que os policiais federais interpretaram como “circustância específica” a presença de uma mulher junto dos oficiais que se apresentaram para acompanhar a ação. Eles desconfiaram que o Exército Brasileiro teria colocado uma advogada como se fosse do Exército, mas que na verdade parecia estar atuando em favor de Mauro Cid ao acompanhar a ação dos policiais.
Os policiais federais relatam que a principio imaginaram que se tratava de uma oficial da força terrestre, já que estava junto da equipe do Exército, que se apresentou formalmente: “sendo deduzido, pelas circunstâncias, que todos os três seriam militares da referida Força Armada”
Uma circustância específica chamou a atenção dos policiais, a informação foi descrita no relatório
“ deve ser relatada uma circunstância específica envolvendo a guarnição do Exército Brasileiro que acompanhou a diligência. A equipe do Exército Brasileiro que se apresentou formalmente na Polícia Federal para acompanhar a diligência era composta por dois homens fardados (oficiais)1 e uma mulher, sendo deduzido, pelas circunstâncias, que todos os três seriam militares da referida Força Armada. … a mulher que acompanhava os dois oficiais se tratava, em verdade, de uma advogada, identificada como LIGIA DE MENEZES JANSEN – OAB 21.699.”
Segundo os agentes, a advogada parecia atuar em favor de Mauro Cid, embora tivesse informado que estava a serviço do Exército Brasileiro acompanhando a diligência na residência do oficial do Exército Brasileiro.
“… Embora a advogada LIGIA DE MENEZES JANSEN tenha informado que estava no local por interesse do Exército Brasileiro, deve ser ressaltado que os questionamentos realizados por ela a este signatário aparentaram ter relação com interesse de pessoa investigada. Tal fato foi reforçado ao final da diligência pela demonstração de interesse em obter cópia dos documentos produzidos.”
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar