A guerra moderna e a defesa da soberania dos países movimentam trilhões globalmente. Hoje em dia, algumas nações estão investindo pesado para manter sobretudo a supremacia tecnológica.
Os Estados Unidos, com o maior orçamento militar do mundo, lideram no desenvolvimento de Veículos Aéreos Não Tripulados, os UAVs. Outros países, no entanto, estão rapidamente se aproximando na construção e exportação dessa tecnologia.
O MQ-1 Predator americano foi pioneiro entre os UAVs modernos, revolucionando a guerra por sua capacidade de realizar sobretudo reconhecimento de longo alcance e ataques precisos com mísseis Hellfire. Com participação intensiva nas guerras do Iraque e Afeganistão, este drone se aposentou em 2018, mas gradualmente outros modelos mais modernos estão ocupando seu lugar.
Na última década, dezenas de novos UAVs entraram em serviço. Além disso, muitos outros estão em desenvolvimento. Esses drones modernos continuam a redefinir as operações militares, fornecendo inteligência precisa e mudando as condições do campo de batalha em tempo real.
Prepare-se, então, para conhecer dez desses drones de guerra que estão causando arrepios em seus inimigos.
1. Shahed-136 (Irã)
O Shahed-136, um dos drones mais notórios do arsenal iraniano, destaca-se por sua capacidade de ataque de longo alcance, podendo chegar a 1500 quilômetros. Além disso, este drone-kamikaze tem um inovador design em formato de asa delta, que lhe confere uma baixa assinatura radar, ou seja, bastante difícil de detectar.
Equipado com sistemas de navegação avançados e uma carga útil letal, o Shahed-136 é projetado sobretudo para missões de ataque de precisão. Além disso, este drone pode operar a altitudes médias e alcançar uma velocidade de cruzeiro de cerca de 180 km/h.
As impressionantes capacidades do Shahed-136 permitem que o Irã conduza operações ofensivas a grandes distâncias, atingindo alvos estratégicos com alta precisão. Em 2019, por exemplo, drones deste tipo foram empregados com sucesso em ataques contra instalações petrolíferas na Arábia Saudita.
O ataque demonstrou sobretudo a capacidade do Irã de projetar poder além de suas fronteiras.
2. Predator C Avenger (Estados Unidos)
O Predator C Avenger, o mais recente sucessor do Predator original das forças dos EUA, aprimora as capacidades que tornaram seu antecessor tão eficaz. Equipado com câmeras avançadas, vigilância eletrônica e armamentos poderosos, o Avenger é projetado para missões multifuncionais. Com um motor turbofan Pratt and Whitney, o drone opera a altitudes de até 50.000 pés e atinge velocidades de 400 nós.
As impressionantes capacidades do Avenger permitem que as forças realizem operações sensíveis em áreas onde aeronaves tradicionais seriam vulneráveis. Em 2017, por exemplo, drones como este foram usados com sucesso para eliminar Abu Khayr Al Masri, o número dois da Al Qaeda. Essas missões, que antes poderiam exigir aeronaves como o F-117 Nighthawk, agora são realizadas de forma mais eficiente e segura com UAVs, sem risco para o pessoal dos EUA. O Avenger é um verdadeiro coringa nas forças armadas americanas, sendo frequentemente implantado em pontos críticos globais sobretudo para garantir a segurança doméstica contra ameaças distantes.
3. MQ-9 Reaper (Estados Unidos)
O MQ-9 Reaper, a segunda geração do drone Predator, é um dos UAVs mais antigos do exército americano, voando desde 2007. Construído para superar seu antecessor, o Reaper vai além da vigilância, assumindo uma função letal de caçador-assassino. De acordo com o General Michael Moseley, “nós mudamos de usar UAVs principalmente em funções de inteligência, vigilância e reconhecimento antes da Operação Iraqi Freedom, para uma verdadeira função de caçador-assassino com o Reaper”. Com um motor turboélice de 900 cavalos de potência, o Reaper voa mais rápido e mais alto que o Predator original, carregando bombas de 500 libras e mísseis Hellfire.
Apesar de sua longa trajetória, o Reaper continua essencial para as forças armadas americanas, com atualizações tecnológicas constantes para enfrentar novas ameaças. A USAF está sempre preparada para enfrentar possíveis ameaças geopolíticas, seja de grupos terroristas insurgentes ou estados hostis, fazendo do Reaper uma poderosa ferramenta de defesa.
4. MQ-25 Stingray (Estados Unidos)
Alguns UAVs ameaçam o inimigo não só por suas capacidades diretas, mas pelo suporte que oferecem a outras aeronaves. O MQ-25 Stingray exemplifica isso, sendo o primeiro drone do mundo com capacidade de reabastecimento aéreo baseado em porta-aviões, segundo a Marinha dos EUA. O primeiro reabastecimento bem-sucedido ocorreu em junho de 2021. Equipado com tecnologia de vigilância e reconhecimento, o MQ-25 estende as missões de aeronaves tripuladas, apoiando operações a partir de embarcações da Marinha. Atualmente em fase de testes, em breve operacional estará operacional.
O F-35 Joint Strike Fighter, a aeronave de guerra mais avançada do mundo, lidera as frotas militares americanas e de aliados da OTAN. Embora seja multifuncional, enfrenta forte concorrência do russo Su-57.O F-35 tem um alcance de 1.379 milhas, comparado às 3.107 milhas do Su-57, o que obriga o F-35 a operar mais próximo de bases seguras. No entanto, com reabastecimento em voo, o alcance do F-35 pode ser significativamente ampliado, garantindo superioridade aérea em confrontos hipotéticos. Esta capacidade adicional pode ser decisiva em possíveis embates aéreos com o Su-57.
5. Valkirie (Estados Unidos)
Imagine o impacto em uma zona de combate ao ver aviões de guerra americanos acompanhados por drones autônomos. O XQ-58A Valkyrie, em desenvolvimento, visa criar “wingmen”, ou “alas” não tripulados que utilizam IA para operar em conjunto com aeronaves pilotadas, ampliando sobretudo o poder de fogo e as capacidades de combate. Segundo o Defense News, essa inovação poderia devastar forças inimigas ao aumentar significativamente o arsenal disponível.
A visão de dois caças F-35 flanqueados por drones seria extremamente intimidadora para qualquer oponente. Com seu primeiro voo de teste bem-sucedido em março de 2019, essa tecnologia está mais próxima de se tornar operacional do que muitos imaginam. Com capacidades quase completas, esses drones autônomos representam o futuro das operações militares e são sobretudo uma advertência clara para futuros inimigos dos EUA.
6. AeroVironment Switchblade (Estados Unidos)
O Switchblade é um drone projetado para não retornar após ser lançado, assim como o Shahed-136. Esta aeronave é uma classe de veículos não tripulados altamente eficaz, chamada de “munição de permanência”, ou loitering munition, ideal para alvos fora do alcance visual. Lançado de tubos portáteis que cabem em uma mochila e podem ser ativados em minutos, o Switchblade é controlado por até dez minutos através de um tablet com visuais de uma câmera montada no drone. O drone pode detonar sua carga no impacto ou ser utilizado para reconhecimento, retornando se a missão for abortada.
O Switchblade esteve entre as primeiras armas enviadas à Ucrânia para defesa contra as forças russas. O drone tem um tempo de espera de dez minutos e um alcance de 6 milhas. A evolução do atual Switchblade 300, o Switchblade 600, possui 40 minutos de tempo de espera, 24 milhas de alcance e capacidade de perfurar a blindagem de tanques. Pequeno, preciso e capaz de ajustar sua trajetória após o lançamento, o Switchblade é uma arma formidável. Com um custo de até US$ 10.000 para a variante maior, trata-se de uma opção econômica para eliminar veículos de milhões de dólares.
7. RQ-4 Global Hawk
O Northrop Grumman RQ-4 Global Hawk é o maior e mais impressionante UAV da frota americana. Movido por um motor turbofan Allison/Rolls Royce e com uma envergadura imponente de 130 pés, é especializado em reconhecimento, podendo operar a altitudes de até 60.000 pés por até 32 horas consecutivas. Equipado com tecnologia avançada de comunicação e detecção, fornece inteligência precisa em tempo real sobretudo para operações militares globais.
Essa capacidade de coleta de informações vem a um alto custo: o Global Hawk tem um preço base de US$ 99 milhões, podendo chegar a US$ 130 milhões com a inclusão de sensores adicionais e equipamentos especializados. Em serviço desde 2001, o Global Hawk é um veterano na frota dos EUA, utilizado em missões cruciais da OTAN e acelerando seu desenvolvimento devido às exigências da guerra no Afeganistão. Sua capacidade de vigilância detalhada, dia e noite, faz dele uma ferramenta formidável para localizar e monitorar alvos em qualquer lugar do planeta.
8. MQ-28 Ghost Bat (Austrália)
A Boeing, através de sua divisão australiana, está desenvolvendo uma aeronave inovadora para a Royal Air Force da Austrália. Mesmo que suas forças armadas não sejam tão grandes quanto as dos EUA, a força aérea do país ainda é altamente tecnológica e bem equipada. Conhecido como MQ-28A Ghost Bat, esse projeto é o primeiro avião completamente produzido por australianos em meio século e utiliza IA para controle de voo.
O Ghost Bat é um esforço conjunto entre a Royal Air Force da Austrália e a Boeing, com fortes laços com a inteligência e tecnologia americanas. Este drone semiautônomo não apenas fortalece a defesa australiana, mas também tem potencial para ser adotado por outros países. O Secretário da USAF elogiou o programa, indicando um interesse contínuo na tecnologia de IA autônoma. Em breve, o Ghost Bat será sobretudo um componente formidável – e crucial – na frota de combate aliada.
9. Bayraktar TB2 (Turquia)
A empresa Baykar da Turquia emergiu como uma líder global em tecnologia de UAVs e drones, notável sobretudo pelo seu popular UAV de exportação, o Bayraktar TB2. Compacto e leve, o TB2 oferece uma robusta gama de equipamentos, seguindo algumas especificações operacionais da OTAN devido ao seu desenvolvimento em um país membro da aliança. Reconhecível por sua cauda em V invertida, o TB2 ganhou destaque pelo seu papel crucial nas operações das Forças Armadas Ucranianas durante o conflito Russo-Ucraniano de 2022.
Uma das maiores vantagens do TB2 para países como a Ucrânia é seu custo acessível. Por aproximadamente US$ 10 milhões, incluindo o veículo e a unidade de controle, o drone representa uma fração do preço de seus equivalentes americanos. Equipado com um motor Rotax de 105 cavalos de potência, é conhecido por sua confiabilidade, podendo operar por até 27 horas. Segundo a revista Forbes, o TB2 teve um papel significativo em repelir as forças russas e destruir várias peças de equipamento inimigo, com perdas mínimas de apenas oito unidades de uma frota de trinta. Isso torna os Bayraktars uma ameaça séria a forças adversárias no futuro próximo.
10. Orlan-10 – Rússia
Durante a Guerra Fria, a União Soviética era um adversário formidável para o Ocidente, ostentando um dos exércitos mais ostensivos e armados do mundo. Após o colapso do comunismo, contudo, o foco mudou para a modernização do exército russo, mais do que em números absolutos de soldados e armas.
Na atual invasão da Ucrânia pela Rússia, os drones desempenham um papel crucial, com destaque para o Orlan-10. Produzido em várias variantes, o Orlan-10 é principalmente usado para reconhecimento.
Apesar de suas limitações tecnológicas, o uso dos drones Orlan para ataques contra civis e infraestrutura civil na Ucrânia é alarmante. Isso demonstra que, mesmo sem sofisticação, esses drones podem causar danos significativos e sem precedentes, exacerbando sobretudo o sofrimento humano durante o conflito.
Bônus: Spike Firefly (Israel)
Israel é renomado por seu exército robusto e sua parceria sólida com os EUA, destacando-se sobretudo por produtos no setor de defesa. A empresa Rafael, sediada em Israel, é conhecida principalmente por desenvolver armas de defesa e sistemas de inteligência, incluindo o Firefly, uma munição de permanência única. Ao contrário do Switchblade, o Firefly utiliza rotores contrarrotativos para voar, similar a drones convencionais. Cada unidade, controlada por tablet, pode pairar no ar por até 15 ou 30 minutos, dependendo do número de baterias, e é capaz de permanecer estável em ventos de até 50 km/h.
Essa capacidade de voo estável e discreto, transmitindo informações em tempo real para os operadores, torna o Firefly ideal para operações principalmente em ambientes fechados, uma área onde Israel tem vasta experiência devido à sua geografia e história militar.