O presidente da China, Xi Jinping, chegou à África do Sul à meia-noite de ontem para sua quarta visita de Estado ao país. A visita também coincide com a 15ª Cúpula do BRICS, este ano, sediada pelos sulafricanos.
Após chegar ao Aeroporto Internacional OR Tambo em Joanesburgo, o líder chinês foi recebido com uma apresentação cultural de música e dança, além de um desfile militar da Força de Defesa Nacional da África do Sul, a SANDF.
Xi Jinping também reuniu-se com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, logo após o desembarque.
A cúpula dos BRICS ocorre entre os dias 22 a 24 de agosto. O BRICS é um bloco de economias emergentes que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Atualmente, representa um quarto da economia global e também abriga mais de 40% da população mundial.
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Cyril Ramaphosa declarou que 2023 marca 25 anos de relações diplomáticas entre a África do Sul e a República Popular da China.
“Nossa relação bilateral com nosso maior parceiro comercial é quase tão antiga quanto nossa democracia”, disse o presidente sulafricano.
“A África do Sul tem muito a aprender com o caminho de desenvolvimento da China. Entre outras conquistas, a China tirou quase 800 milhões de pessoas da pobreza em um período de 40 anos.”, reiterou.
Ramaphosa enfatizou que, como parceiros no desenvolvimento, a China e a África do Sul partilham há muito tempo um entendimento comum de que o comércio e o investimento são sobretudo os principais catalisadores para a melhoria dos padrões de vida dos seus respectivos povos.
Lula também está na África do Sul
Além de Xi Jinping, estarão presentes também na cúpula dos BRICS o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Além disso, outros 30 chefes de estado e de governo de toda a África comparecerão ao evento.
O presidente russo, Vladimir Putin, que enfrenta um mandado de prisão internacional por supostos crimes de guerra na Ucrânia, não estará na reunião. O ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, o representará.
O presidente sulafricano fez questão de afirmar que a África do Sul não será forçada a ficar do lado de nenhuma potência global enquanto se preparava para sediar a cúpula.
“Embora alguns de nossos detratores prefiram apoio aberto para suas escolhas políticas e ideológicas, não podemos nos arrastar para uma disputa entre potências globais”, disse Ramaphosa em um discurso televisionado. “Resistimos à pressão para nos alinharmos com qualquer uma das potências globais ou com blocos influentes de nações”, enfatizou.