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Home F. Armadas, Polícia e Bombeiros

Militares da base das Forças Armadas não confiam mais nos generais para representá-los politicamente

by Sociedade Militar
15/06/2021
in F. Armadas, Polícia e Bombeiros, Forças Armadas, Política Brasil
Reading Time: 4min read
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Essa semana conversamos com vários militares das Forças Armadas, colhemos opiniões com o objetivo de apurar meandros da mobilização política da categoria.

A opinião mais corrente é que, agora que Jair Bolsonaro não concorre para deputado federal e de fato deixa de captar a maior parte dos votos no Rio de Janeiro, o que era um obstáculo à eleição de outros representantes da categoria no estado, há oportunidade para emplacar um parlamentar ligado às chamadas baixas patentes, que são os suboficiais, sargentos, cabos e soldados, que compõem aproximadamente 85% do efetivo.

Entre os militares cariocas ouvidos é quase unânime a opinião de que militares das Forças Armadas, incluindo do próprio Exército, não depositarão seu voto em Hélio Lopes, caso este concorra à reeleição. Todavia, a maior parte ainda acredita que o mesmo será reeleito com votos de civis, em consequência do contínuo apadrinhamento de Jair Bolsonaro.

A experiência com uma representação no Congresso nacional formada por oficiais generais definitivamente não agradou à categoria, até mesmo pensionistas que herdaram os benefícios de oficiais da cúpula das Forças Armadas declaram que se sentiram decepcionadas e traídas pelos generais que participaram da discussão em torno do PL1645, que se transformou na lei de reestruturação das carreiras dos militares das Forças Armadas.

A decepção com o desempenho na Câmara dos Deputados é tanta que alguns acreditam que se nada mudar a categoria a longo prazo pode acabar indo para a previdência geral.

“… no congresso várias categorias possuem seus representantes e a nossa classe continua na bolha enxergando o próprio umbigo. Se continuarmos assim triste fim o que nos espera.. A fila do INSS…”, diz um suboficial

As principais reclamações de pensionistas contra os generais são por conta do aumento na tarifação de remunerações recebidas. As mesmas alegam que seus maridos pagaram pelas pensões durante toda a vida, do ingresso nas Forças Armadas até a sua morte e que por isso, ao estender esse desconto sobre os salários das pensionistas o governo faz uma espécie de bitributação, o que para elas é ilegal.

Os oficiais da cúpula, além de criar altas gratificações para cursos que já realizaram, tentaram ainda emplacar uma vantagem de 10% sobre os próprios salários, deixando todo o restante da tropa de fora. A justificativa dada era que seria a título de representação. A tropa reclamou muito, alegando que de todos os militares são exigidas roupas e apresentação impecável e que nada justificaria só pagar a vantagem para a cúpula. Com isso conseguiu-se que a regalia fosse derrubada.

Na câmara, militares graduados tiveram discussões acaloradas com os generais deputados, em uma delas o deputado general Peternelli chegou a ameaçar de cortar vantagens que estariam incluídas no projeto de lei em discussão.

Outro parlamentar, o deputado general Girão, teve discussões com graduados e nas redes sociais e chegou a dizer que aqueles que reclamavam da nova lei eram “desinformados ou incompetentes”.

Um militar da Marinha a ser submetido a um inquérito disciplinar porque, entre outras coisas, disse em entrevista que os generais não representam a tropa.

Um dos dispositivos legais que regula a disciplina nos quartéis, o Código Penal Militar, atualmente passa por revisão no Congresso Nacional. Muitos militares acreditam que a norma deve ser atualizada e contextualizada, principalmente no que diz respeito a liberdade de expressão e reclamaram muito porque associações e militares de baixa patente não tem sido ouvidos sobre essa demanda, cujo relator é um deputado-federal general.

Outro caso que chamou a atenção e despertou revolta entre militares graduados foi o fato de um vereador militar, graduado da FAB, ter sido barrado pelo general Eduardo Ramos em reunião no Palácio do Planalto onde se discutiria a questão remuneratória dos militares e o cumprimento de acordos feitos entre o governo e senadores.

A fé nas possibilidades

A maior parte dos militares que frequenta grupos em Whatsapp e Facebook parece acreditar que há possibilidade de eleger-se um deputado federal pelo Rio de Janeiro. O Rio é o local onde a categoria tem maior número,  aproximadamente 270 mil titulares, o que na sua visão geraria uma influência capaz de agregar até 1 milhão de votos.

O aporte financeiro necessário para uma campanha eficaz é um problema que foi mencionado por vários militares ouvidos.

Na primeira eleição para deputado federal vencida por Bolsonaro, quando efetivamente possuía exclusivamente o voto da família militar, o mesmo recebeu pouco mais que 67 mil votos. 

Em São Paulo e no Paraná, onde a categoria possui representantes com certa expressão em Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas, percebe-se também um início de articulação em torno desses nomes. 

Caminhando por outra linha de pensamento há um grupo formado por militares de vários estados da federação que no momento articula reunião com partidos do centro e “esquerda moderada” que têm possibilidade de se unir em uma coalizão anti-Bolsonarista. 

Robson Augusto – Sociólogo, jornalista.

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