O General de Exército Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, que assumiu recentemente o Comando Militar da Amazônia (CMA) em uma cerimônia no dia 4 de maio, tem um grande desafio pela frente: A escalada de violência entre tropas federais, garimpeiros ilegais e indígenas na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
Em menos de duas semanas, 17 mortes foram registradas na região Yanomami, incluindo indígenas, garimpeiros e uma mulher cujo corpo foi encontrado com sinais de violência sexual e enforcamento.
A violência se intensificou com a presença do Primeiro Comando da Capital (PCC), que, segundo reportagem do Estadão, atua como “síndico” da mineração ilegal, fornecendo insumos e controlando o tráfico de drogas e a prostituição nas vilas locais.
Diante desse cenário, o novo Comandante Militar da Amazônia, General Costa Neves, terá o desafio de coordenar o Exército Brasileiro na região, incluindo a boa cooperação entre o Exército, Marinha e a Força Aérea, que desde o início do ano atuam no enfrentamento da crise na região.
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O governo federal já anunciou medidas para intensificar a retirada de garimpeiros ilegais e proporcionar atendimento de saúde às comunidades indígenas, incluindo o envio de 220 agentes da Força Nacional de Segurança para a Terra Indígena Yanomami.
No entanto, será necessária uma ação conjunta entre as forças armadas e as autoridades locais para enfrentar a complexa rede de interesses e violência envolvida na exploração ilegal e no tráfico de drogas na região.
O General Costa Neves, que tem experiência em comando de batalhões, brigadas e academias militares, bem como em missões internacionais pela ONU, enfatizou na cerimônia de passagem de comando, a prontidão operacional e logística do Comando Militar da Amazônia para defender a pátria e auxiliar a população local.
Contudo, a situação na região Yanomami exigirá não apenas a força militar, mas também a capacidade de promover a colaboração entre as Forças Armadas e as demais tropas de segurança federais.