Uma monografia apresentada na Escola Superior de Guerra (ESG) trouxe à tona uma realidade preocupante: os militares da Marinha do Brasil estão enfrentando níveis de endividamento bem acima da média nacional. Enquanto a maioria dos brasileiros compromete até 25% de sua renda com dívidas, na Marinha, essa porcentagem chega a alarmantes 62% entre os 2º sargentos.
O trabalho, de autoria de um oficial superior, que usa dados dos últimos 5 anos e explica que nos Estados Unidos da América, por exemplo, um militar endividado perde acesso a determinados setores das instituições militares e até a sua credencial de segurança, que é uma espécie de autorização para acessar dados e locais restritos.
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Clique aqui para entrarNo Brasil, segundo o autor do estudo “REDUÇÃO DO ENDIVIDAMENTO PESSOAL: um desafio aceito na Marinha do Brasil”, essa providência seria inviável, na medida em que parte significativa dos militares da força têm empréstimos consignados que comprometem bastante o salário.
Essa situação de endividamento excessivo não afeta apenas a vida financeira desses militares, mas também tem um impacto direto em seu bem-estar e desempenho profissional. Afinal, lidar com dívidas pode gerar estresse e ansiedade, o que, por sua vez, pode levar a uma baixa motivação para o trabalho e até mesmo a desvios de conduta.
Segundo o estudo apresentado, a Marinha do Brasil está ciente dessa situação e tem se esforçado para encontrar soluções. Uma das iniciativas em andamento é a inclusão de conteúdo de educação financeira nos cursos de carreira. A ideia é que, ao entender melhor sobre finanças pessoais, os militares possam gerenciar melhor suas dívidas e evitar cair na armadilha do endividamento excessivo.
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O texto completo do estudo apresentado pode ser lido no repositório da Escola Superior de Guerra. O link é https://repositorio.esg.br/bitstream/123456789/1127/1/CAEPE.03%20TCC%20VF.pdf