O deputado federal Luiz Felipe de Orleãns e Bragança solicitou em 18 de julho uma série de informações ao Ministério da Defesa. A maior parte dos pedidos versa sobre questões orçamentárias e, por fim, o parlamentar quer saber a média de tiros disparados pelos praças nos treinamentos realizados.
- Com relação aos contratos de maior vulto do ministério, houve auditoria, fiscalização ou procedimento nos últimos 3 anos? Em caso positivo, qual o resultado?
- Houve auditoria, fiscalização ou procedimento sobre emendas parlamentares impositivas ou de emendas de relator (RP9)? Em caso positivo, qual o resultado?
- Qual o volume investido em projetos estratégicos de médio e longo prazo, e qual percentual ele representa da totalidade do orçamento do Ministério?
- Quais são os fundos vinculados ao ministério? Solicitamos a relação completa dos fundos.
- Com relação aos fundos, houve auditorias, fiscalizações ou procedimentos relacionados a eles? Em caso positivo, qual o resultado?
- Com relação ao treinamento e à atuação do efetivo das Forças Armadas, qual o número médio de tiros disparados por uma militar da categoria praça em um ano?
Em relação ao último item da lista apresentada no requerimento cumpre dizer que aparentemente o parlamentar tem uma visão bastante superficial das Forças Armadas, a ponto de avaliar a operacionalidade dos graduados com base no número de tiros disparados nos treinamentos ao longo dos anos.
Qualquer brasileiro que passou pelo menos um ano dentro dos quartéis e se dedicou um pouco mais para conhecer as Forças Armadas sabe que o nível de operacionalidade não pode ser medido unicamente pela quantidade de tiros disparados ou pela habilidade no manuseio de armas portáteis.
Dentro das Forças Armadas existem centenas de especialidades diferentes. São distribuídas entre os militares de cada força de acordo com sua função. Operadores de sonar, operadores de radar ou mecânicos de aeronave, por exemplo, assim como várias outras centenas de especialidades militares, para realizar suas atividades com perfeição não dependem de adestramentos de tiro constantes.
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar