Nos próximos dias, a Amazônia brasileira será palco de uma operação militar conjunta entre o Exército Brasileiro e o Exército dos Estados Unidos. A Operação CORE 23 ocorrerá entre 1º e 16 de novembro de 2023 nos estados do Pará e Amapá. O Decreto Nº 11.737, assinado por Lula, já autorizou a entrada de quase 300 militares dos Estados Unidos no Brasil.
A iniciativa tem gerado debates nas redes sociais, onde críticas têm sido direcionadas ao Exército Brasileiro. Militares da reserva e civis questionam a decisão de realizar exercícios com militares norte-americanos em território brasileiro, dada a riqueza de recursos naturais da região.
A Operação CORE 23 é, segundo o Exército Brasileiro, fruto de um programa de cooperação assinado entre Brasil e Estados Unidos, que prevê exercícios bilaterais anuais até 2028 no Brasil e nos Estados Unidos. A primeira edição ocorreu no Brasil em 2021, e a segunda em Louisiana, EUA, em 2022.
Entretanto, nas redes sociais cidadãos alegam que o Brasil sai em desvantagem nessa situação na medida em que na Lousiana, nos Estados Unidos, não há recursos que interessam aos Brasileiros e aqui na Amazônia há um universo de recursos naturais que seriam de interesse dos norte-americanos.
Algumas críticas encontradas no perfil do Exército Brasileiro no Twitter
Lucas NXXX – Erro estratégico absurdo. Em 1993 os Brasil esteve prestes a ser invadido pelos Estados Unidos. Operações como essa simplesmente facilitam aos yankes desenvolver abordagens para o dia em que forem tentar novamente nos invadir.
Jonatas XXXX – O Exército está preparando os soldados Americanos para assumir nossa Amazônia. Melancias capacho dos Americanos.
Diego XXXX – Canal XXX XXX – País que mais se intromete em assuntos internos brasileiros e que tem uma clara agenda de contestação da soberania brasileira sobre a Amazônia. Realizar esse tipo de exercício com os ianques, ainda que haja decoro em relação a informações estratégicas, é um erro grave…
Luis XXXXX – Vão mostrar para os gringos quais os caminhos mais fáceis para invasão em nosso território.
PXXXX XXXX – Os Estados Unidos são nossos principais inimigos. Destruíram nosso programa espacial, destruíram nosso programa nuclear, fraudaram várias eleições incluindo a de 2022 e nos condenaram a miséria. Rompimento com os EUA ja! Chega de tanta traição e humilhação.
Pressões Militares de potências estrangeiras, advertiu general
Em um comunicado recente, direcionado para oficiais generais, o General de Exército FERNANDO JOSÉ SANT’ANA SOARES E SILVA, ao dirigir-se aos novos generais de brigada do Exército Brasileiro, ressaltou os desafios que o Brasil enfrenta no cenário geopolítico atual. Ele mencionou que o país, sem dúvida, enfrentará pressões de potências estrangeiras no futuro, incluindo pressões militares.
O Exercício
Cerca de 300 militares dos EUA desembarcarão em Belém no final de outubro, juntando-se a 1,2 mil militares brasileiros. A operação será dividida em três fases: treinamentos na selva, debates sobre a mulher nas Forças Armadas e exercícios operacionais em campo.
A primeira fase ocorrerá em Belém, onde militares dos EUA participarão do Estágio de Vida e Combate na Selva. A segunda fase, em Macapá, incluirá um painel sobre “A Mulher nas Forças Armadas”. A terceira fase envolverá exercícios operacionais em campo em diversos municípios do Amapá.
A participação do Exército Brasileiro em exercícios combinados, como a CORE 23, fortalece a diplomacia militar do país, promovendo relações internacionais e prevenindo conflitos. Em 2023, o Exército Brasileiro também participou de outras operações internacionais, como a Fer de Lance, com o Exército Francês, e a Operação Paraná III, com exércitos de 13 países do continente americano.
A realização de operações combinadas, segundo textos do Exército Brasileiro, é vista como uma das formas mais efetivas de treinamento e cooperação militar entre países, permitindo que forças armadas de diferentes nações unam suas capacidades e experiências para enfrentar desafios comuns.