Alvo de criticas recorrentes da grande mídia, o pastor Felippe Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, com sede em Niterói e templos em vários municípios do Rio de Janeiro, em culto realizado nesse domingo (15/10/2023), disse que abriu mão de embarcar em aeronave militar enviada pelo governo do Brasil depois de conversar com os membros do grupo que liderava. Valadão disse que todos, que possuíam passagens compradas com destino ao Brasil, concordaram que deveriam ceder o lugar, pois Isso permitiria que outros brasileiros, que não tinham passagens, pudessem retornar ao país mais rapidamente nas aeronaves da Força Aérea Brasileira.
Aparentemente alguns jornais e sites enviaram jornalistas para acompanhar o culto de domingo na igreja presidida por Valadão, que fica na região oceânica de Niterói. A maior parte dos artigos publicados pela mídia usou trechos pinçados da preleção do pastor, forçando uma ênfase na polarização Lula x Bolsonaro, deixando assim de lado falas importantes do religioso, que mostram o prisma com que brasileiros que estavam momentaneamente “presos” em Israel enxergavam a situação.
Valadão diz que presenciou pessoas comuns e até mulheres maquiadas e adolescentes transportando fuzis em Jerusalém, que praticamente não havia lojas abertas, “como na pandemia”, que viu homens vestindo fardamento as pressas nas ruas ao mesmo tempo em que se despediam de suas famílias chorando, após convocados para se apresentar as pressas ao IDF.
“o pai botando roupa do exército na rua, a esposa do lado chorando, com o filho…”
A situação, segundo Felippe Valadão, também não é comum para os israelenses, ao contrário do que muitos podem pensar. O pastor diz que esse tipo de alerta intenso e generalizado não ocorre há muito tempo, segundo lhe foi informado pelos próprios judeus.
Em seguida Valadão alertou para questões culturais e religiosas que passam desapercebidas da maior parte da população, mas que são importantes para o estado de espírito da população local e, segundo ele, para toda a humanidade.
“o mundo não é mais o mesmo depois daquele dia… Israel é o relógio de Deus para o mundo, paraa humanidade. Quer saber o que Deus está fazendo? Olha para o que está fazendo em Israel… não podemos subestimar o momento… não pense que o aconteceu ali é normal, corriqueiro. Judeus que estavam lá disseram que ´tem cinquenta anos que a gente não vê uma guerra desse nível´ … sabe o que significa cinquenta para os judeus?”
Valadão disse que para os israelitas os números tem um significado e o número cinquenta, ressalta o pastor, remete a uma situação extremamente importante: “cinquenta pra judeu é o número do Jubileu, de 50 em 50 anos algo sobrenatural acontece em Israel… janelas se abrem… um novo tempo”.
Alguns sites, como pode-se atestar na imagem abaixo, ao mencionar palavras de Felippe Valadão sobre o retorno ao país, tentam dar um tom de ingratidão ou desdém a suas palavras, induzindo o leitor a crer que seu grupo teria retornado ao Brasil em uma aeronave militar. Vários omitem que a caravana religiosa retornou por meios próprios.
O voo que transportou o pastor sua caravana, ao contrário do que parte da imprensa tenta induzir os leitores a crerem, foi o EK247 da empresa Emirates, que decolou do Aeroporto Internacional Ben Gurion, na cidade de Tel Aviv, na terça-feira (10) e fez escala em Dubai antes de chegar ao Brasil na quarta – feira 11 de outubro.
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar