O tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, atual comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), enfatizou a necessidade da manutenção da disciplina na instituição. Em declarações ao jornal O Globo, Damasceno ressaltou que qualquer tipo de infrações disciplinares enfrentarão severas sanções advindas da instituição. O posicionamento surge como uma obvia resposta direta às alegações que apontam o envolvimento de muitos militares em um suposto movimento para subverter a ordem democrática, com o objetivo de perpetuar a liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro logo após os resultados das eleições de 2022.
O comandante Damasceno na entrevista reiterou o comprometimento da FAB com suas responsabilidades institucionais e constitucionais. O oficial destaca como as revelações recentes na verdade atestam tal compromisso. Ele mencionou, especificamente, a operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal, que visa desmantelar um esquema relacionado a essas tentativas subversivas, que até o momento não citaram nenhum integrante da Aeronáutica.
Damasceno também se coloca fora desses eventos ao esclarecer que não teve conhecimento prévio de encontros entre Bolsonaro e membros do governo que sugerissem intenções de desestabilizar o sistema eleitoral. Ele destacou reiteradamente a conduta profissional da FAB, que permaneceu focada em sua missão, apesar das turbulências políticas. Damasceno não mencionou que o comandante anterior – Carlos de Almeida Baptista Junior – teria sido mencionado como uma espécie de traidor em áudios encontrados em equipamentos de oficiais generais investigados.
“Não tivemos informação nenhuma a respeito disso. Não sabia o que acontecia dentro do palácio. A Força Aérea foi profissional, focada na sua missão… Qualquer coisa que fira nossos diplomas disciplinares será punida. Para a Força Aérea, as notícias vieram a confirmar o papel institucional e constitucional de nossa organização” (o Globo)
Além desses pontos, o líder da FAB abordou questões de relevância estratégica e operacional, incluindo a interação com o atual presidente, a urgência de atualização do avião presidencial, estratégias pertinentes à região Yanomami, e a preparação para a implantação de hospitais de campanha no Rio de Janeiro.