Na última sexta-feira, 23 de fevereiro, dois militares foram presos pelo Comando Militar do Sudeste, sob a suspeita de participação no furto de 21 armas do Arsenal de Guerra de Barueri, na região metropolitana de São Paulo, em setembro de 2023. As prisões preventivas, sem prazo para liberação, foram decretadas pela Justiça Militar e mantidas após audiência de custódia realizada no sábado.
O caso, que ainda está sob sigilo, investiga o desaparecimento de 13 metralhadoras .50 e oito fuzis de calibre 7,62. As armas, consideradas “inservíveis” pelo Exército, estavam no depósito de Barueri para passar por manutenção.
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Clique aqui para entrarApós o desaparecimento, as autoridades encontraram 19 das armas, mas duas metralhadoras com poder antiaéreo permanecem desaparecidas. As investigações revelaram que as armas foram negociadas com facções criminosas, incluindo o Comando Vermelho e o PCC.
Histórico do Caso
O furto foi notado em 10 de setembro, durante uma inspeção no Arsenal. As primeiras punições administrativas ocorreram no fim de outubro, quando 17 militares foram presos. Outros 21 militares receberam sanções entre novembro e janeiro.
Até o momento, 19 armas foram recuperadas pelas polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo. Duas metralhadoras com poder antiaéreo, capazes de derrubar helicópteros, ainda estão desaparecidas.
Investigação e Sigilo
O inquérito policial militar foi finalizado em 16 de fevereiro e enviado à Justiça Militar. O Ministério Público Militar também ofereceu seu parecer, mas ambos os órgãos mantêm o caso sob sigilo.
Próximos Passos
Os militares presos serão processados e julgados pelo Superior Tribunal Militar (STM). A pena, caso sejam condenados, pode ser superior a dez anos de prisão.
O Exército não descarta novas prisões e informa que a investigação continua em andamento.
Contexto e Fatos Relevantes
O furto ocorreu nas primeiras horas do feriado de 7 de Setembro, quando o quartel estava vazio.
As câmeras de segurança e o alarme do paiol foram desativados brevemente, facilitando a ação dos envolvidos.
O desaparecimento das armas só foi notado dias depois, quando o cadeado e o lacre do local foram trocados.
As armas foram transportadas em um carro do Exército e pelo menos três militares teriam participado do crime.
Havia no quartel 480 militares. Todos eles chegaram a ficar aquartelados.
O Exército não possui dados unificados sobre armas furtadas ou desviadas de quartéis.
Fonte: Folha de São Paulo