O general André Luiz Aguiar Ribeiro, recentemente empossado como comandante da 6ª Região Militar (RM), responsável pela gestão de tropas e atividades do Exército na Bahia e em Sergipe, e o Exército brasileiro, recusaram-se a conceder entrevista à Folha de São Paulo quando questionados sobre a questão da diversidade étnico-racial na instituição.
A reportagem da Folha de São Paulo buscou abordar a representação de negros em posições de liderança no Exército, destacando o fato de que o general Ribeiro é apenas o terceiro negro a alcançar a patente de general de Divisão em mais de 200 anos de história militar brasileira e o primeiro com possibilidade de chegar ao posto de general de Exército (quatro estrelas). No entanto, tanto o general quanto o Exército optaram pelo silêncio diante do tema.
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Clique aqui para entrarAo ser contatado pela Folha de São Paulo, o general Ribeiro se recusou a conceder entrevista, declarando não se sentir confortável com a pauta proposta. Da mesma forma, o Exército solicitou que as questões fossem enviadas por escrito, porém, ao serem indagados sobre a trajetória do general Ribeiro, os desafios enfrentados por ele no comando da 6ª RM e a relação entre cor de pele e promoção na corporação, não houve resposta.
Em um artigo publicado aqui na Revista Sociedade Militar em 15 de janeiro, Ribeiro declarou que, embora o Exército tenha proporcionado oportunidades, seu sucesso na vida e na carreira militar deve-se aos seus próprios méritos. Veja a seguir:
“Exército brasileiro, a instituição a quem devo quase tudo, mas não veio nada de grátis, porque tenho meus méritos próprios, me abraçou, me deu oportunidade, que dificilmente teria em outra instituição.
“Não perguntou de onde eu vinha, não perguntou a origem dos meus pais, a minha religião.”
“Simplesmente como acontece com todos os integrantes do Exército brasileiro identificou em mim méritos e permitiu me tornar a situação de oficial general comandando hoje uma região militar da grandeza e da estatura da nossa Região Marechal Cantuária”, disse.