Se confirmam as suspeitas que a negativa do general Freire Gomes, Ex-Comandante do Exército, em participar de iniciativas propostas por Jair Bolsonaro foi determinante para a não efetivação dos projetos do mesmo de se manter no governo argumentando que teria ocorrido fraude nas eleições.
Leia a transcrição de trecho mais importante do depoimento do Brigadeiro Batista Júnior, comandante da Força Aérea durante o governo de Jair Bolsonaro.
“Comandante do Exército, General FREIRE GOMES, afirmou que caso tentasse tal ato teria que prender o Presidente da República; QUE em outra reunião dos Comandantes das Forças com o então Presidente da República, o depoente deixou evidente a JAIR BOLSONARO, que não haveria qualquer hipótese de então Presidente permanecer no poder após o término de seu mandato; QUE deixou claro ao então Presidente JAIR BOLSONARO que não aceitaria qualquer tentativa de ruptura institucional para manter-se no poder; QUE a Aeronáutica não apoiaria qualquer tentativa de manutenção do então Presidente da República no poder, após 1º de janeiro de 2023; QUE em uma das reuniões com os Comandantes das Forças, após o segundo turno das eleições presidenciais, dentro do contexto apresentado pelo então Presidente JAIR BOLSONARO de possibilidade de utilização dos institutos jurídicos da GLO e do Estado de Defesa, o então Comandante da Marinha, Almirante ALMIR GARNIER SANTOS, afirmou que colocaria suas tropas à disposição de JAIR BOLSONARO; QUE tal posição do Comandante da Marinha foi dissonante dos demais Comandantes (Exército e Aeronáutica); QUE o depoente utilizou uma estratégia para ganhar tempo e evitar que o então Presidente o assinasse algum medida exceção, que subvertesse o Estado de Direito; QUE o depoente insistiu que não haveria qualquer justificativa para a decretação dessas medidas; Informado que a Polícia Federal identificou a realização de…”