O general de Exército Richard Nunes tem sido muito criticado por supostas ligações com o caso Marielle. Hoje, visto como futuro Chefe do Estado maior do Exército, Richard – que ocupa um cargo político – está sob intenso tiroteio, tanto da direita como da esquerda. As últimas declarações do oficial , destacadas pela Revista Sociedade Militar após uma entrevista com o jornalista Fabio Victor, indicam que o militar levou em consideração as opiniões do político e ex-deputado Marcelo Freixo para a escolha de Rivaldo Barbosa para o cargo de Chefe da Polícia Civil no Estado do Rio de Janeiro.
Richard Nunes disse: “Quando eu vi a confiança que o Freixo e a família depositavam nele, eu falei, pô, é um sinal.“.
O militar se mostrou surpreso pelo também general Braga Netto, ter declarado que foi ele que teria escolhido o policial. “não sei por que ele sentiu necessidade de colocar uma nota acerca disso”, disse.
Eliane Catanhede, jornalista da GloboNews, disse em suas redes sociais que hádeclarações do Minstro Alexandre de Moraes tranquilizando o comandante do Exército, dizendo que: “não há absolutamente nada contra o general Richard no inquérito de Marielle”
O Texto do general Richard
Há alguns meses o oficial publicou artigos que criticavam o posicionamento de militares e membros da sociedade. No artigo “O mundo PSIC e a Ética Militar” publicado em veículo institucional do Exército Brasileiro, o conhecido EBlog, o general Richard Nunes, que substituiu Rego Barros no CComsex, defende que um “inconformismo com a tradicional postura legalista e de neutralidade do Exército” vem ocasionando “ataques a reputações típicos de regimes totalitários” e “insultos a camaradas de longa data”. O objetivo dessas práticas, de acordo com o oficial do Alto Comando, seria “tentar atingir a coesão da Força, em flagrante traição ao sacrossanto respeito à hierarquia e à disciplina”.
O oficial general fez uma crítica bastante pesada e claramente direcionada para os militares que “têm contribuído para disseminar a desinformação, a relativização de valores e, consequentemente, a desunião que enfraquece o espírito de corpo. O general criticou a disseminação precipitada de “análises simplórias de “especialistas” de ocasião” diz ainda que um “militar que se preza não se permite essa falta de cuidado e de lealdade para com a instituição a que serve.”
Richard, em sua crítica ao comportamento de uma grande quantidade de civis e militares não abordou questões cruciais relacionadas às instituições em um momento chave vivido pelo país. Esse artigo foi um dos fatores que fizeram com que o oficial seja definido hoje como legalista, ao lado de Tomás Paiva e outros generais de quatro estrelas que não aceitaram apoiar o general Braba Netto no final do último governo.
Robson – Revista Sociedade Militar