Em uma declaração que promete escalar ainda mais as tensões entre a Rússia e o Ocidente, o presidente russo Vladimir Putin alertou que caças F-16 fornecidos ao exército ucraniano seriam considerados “alvos legítimos”. Falando a um grupo de pilotos da Força Aérea russa, Putin enfatizou que a Rússia “não tem intenções agressivas” contra membros da OTAN, mas não hesitará em abater esses aviões caso sejam implementados na Ucrânia.
Este aviso vem em resposta ao apoio crescente do Ocidente à Ucrânia, com países como Holanda e Dinamarca comprometendo-se a fornecer caças F-16 para ajudar na luta contra a invasão russa. O treinamento de pilotos ucranianos já está em andamento, sinalizando a seriedade do compromisso ocidental em fortalecer as capacidades defensivas da Ucrânia.
As tensões entre a Rússia e a OTAN atingiram um pico não visto desde a Crise dos Mísseis Cubanos em 1962, especialmente após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022. Os EUA e seus aliados têm apoiado a Ucrânia com armas, financiamento e inteligência, o que, segundo o Kremlin, deteriorou significativamente as relações com Washington.
No entanto, Putin garante que a introdução de caças F-16 no conflito “não mudará a situação no campo de batalha”, prometendo destruir essas aeronaves junto com outros equipamentos militares fornecidos ao exército ucraniano. Esta declaração ressalta a determinação da Rússia em manter sua superioridade aérea, apesar do aumento do suporte militar ocidental à Ucrânia.
Enquanto isso, o Exército ucraniano continua a defender seu território, relatando ter abatido a maioria dos drones de ataque lançados pela Rússia em uma recente ofensiva. A violência continua a afetar civis, com relatos de ferimentos causados por destroços em áreas residenciais.
A entrega planejada de F-16 para a Ucrânia, conforme anunciado pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, promete ser um ponto de inflexão no conflito, potencialmente alterando a dinâmica do poder aéreo na região. No entanto, a firme oposição da Rússia a essa medida, como articulado por Putin, sinaliza um período prolongado de hostilidades e uma escalada nas tensões geopolíticas.
Este desenvolvimento surge em um momento crítico para a segurança europeia, com países como a Estônia aumentando seus orçamentos de defesa em antecipação a possíveis agressões. O envolvimento crescente de países da OTAN no conflito ucraniano ilustra a complexidade crescente da situação, com implicações significativas para a estabilidade regional e global.
Fontes: Declarações de Vladimir Putin conforme transcritas pelo Kremlin e Folha