Em uma entrevista reveladora ao jornal israelense Israel Hayom, Trump descreveu o ataque do Hamas em 7 de outubro como “uma das coisas mais tristes que já vi”, mas enfatizou a necessidade de Israel encerrar a guerra contra o grupo islâmico em Gaza. Suas palavras ressoam em um momento em que Israel enfrenta críticas internacionais crescentes por sua operação militar prolongada em Gaza, que começou como resposta ao ataque.
Trump, candidato à presidência pelo Partido Republicano, não apenas expressou simpatia pelas vítimas do ataque inicial, mas também advertiu sobre as consequências de continuar o conflito. Ele argumenta que, apesar de entender a reação de Israel ao ataque horrível, a nação está perdendo apoio internacional crucial e deve buscar um fim para o conflito. O ex-presidente foi direto em sua mensagem: “Você tem que terminar sua guerra. Você tem que terminá-la.”
A guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque de 7 de outubro, já dura quase meio ano. Israel mantém a posição de que a ofensiva continuará até que o Hamas seja completamente destruído e os reféns em Gaza sejam libertos. Contudo, essa determinação levou a um impasse com a administração Biden, especialmente sobre a intenção de Israel de expandir suas operações para Rafah, uma cidade no sul de Gaza que abriga mais de um milhão de palestinos.
A complexidade da situação é agravada pelo recente desacordo entre Israel e os Estados Unidos, marcado pela decisão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de não enviar uma delegação a Washington para discutir a planejada operação em Rafah. Essa decisão veio após os Estados Unidos se absterem de vetar uma proposta do Conselho de Segurança da ONU que pedia um cessar-fogo em Gaza.
Trump também tocou em um ponto pessoal durante a entrevista, refletindo sobre como ele reagiria se sua própria família fosse vítima da violência do Hamas. Ele expressou que agiria como Israel agiu, sublinhando a naturalidade da resposta a um “ataque horrível”.
Este diálogo destaca não apenas a complexidade do conflito Israel-Hamas, mas também a difícil busca por equilíbrio entre ação defensiva e a necessidade de manter o apoio internacional. À medida que o número de vítimas cresce de ambos os lados, com 1.200 mortos pelo ataque liderado pelo Hamas e mais de 32 mil mortos pelas retaliações de Israel, segundo registros israelenses e autoridades de saúde geridas pelo Hamas em Gaza, respectivamente, a urgência de uma solução pacífica nunca foi tão crítica.
Fonte: CNN, Israel Hayom.