O Coronel Luciano de Souza Magalhães foi afastado do Comando de Ensino da Polícia Militar de Goiás após a descoberta de um esquema de tráfico de influência que favorecia duas empresas de eventos em formaturas e outros eventos nos colégios militares.
A esposa do Coronel, Camila Maia Gomes Magalhães, também está envolvida no esquema, acusada de ser sócia oculta das empresas envolvidas.
Segundo o documento, a esposa do coronel, que trabalha no gabinete do deputado estadual Coronel Adailton (SD), seria sócia-oculta das duas empresas.
Um relatório sigiloso da Superintendência de Inteligência Integrada da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSPGO) revela que a chefia do comando indicava as empresas Alto Relevo Produções e Patrícia Sarjes Eventos para organizar as festas nos colégios.
A investigação da SSPGO ainda aponta que os reais donos das empresas teriam ligação com organizações criminosas.
Em carta aberta à comunidade escolar, o coronel Luciano confirma a saída do comando e agradece o período em que esteve na função.
O relatório indica que o suposto esquema teria começado no CEPMG Cézar Toledo, em Anápolis, onde o coronel Magalhães atuava como diretor.
De acordo com as investigações, o oficial teria utilizado seu cargo para influenciar a escolha das empresas pelos formandos e familiares, beneficiando as empresas mencionadas.
As empresas Alto Relevo e Patrícia Sarjes Eventos foram responsáveis por 99 e 12 eventos, respectivamente, realizados nos colégios militares desde 2014.
As denúncias estão sendo investigadas pela corporação e o afastamento do coronel é a primeira medida para que a investigação avance.
A empresa Alto Relevo se manifestou sobre as denúncias. Ela afirma que o relatório não é um documento oficial e que sempre agiu de boa fé. Já a Patrícia Sarjes Eventos não se manifestou sobre o caso.
Fonte: O Popular e Portal 6