O poder Editor
Em 2020, quando era o presidente do STF, o ministro Dias Toffoli deu uma declaração considerada por muitos polêmica. Tratava-se do chamado inquérito das “fake news”.
Toffoli defendeu a decisão do ministro Alexandre de Moraes de mandar as redes sociais suspenderem perfis de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro investigados no inquérito.
Durante um seminário online para debater a liberdade de expressão promovido pelo site Poder360, também naquele ano, Toffoli foi provocado pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) Eugênio Bucci.
Para o presidente do STF, que foi mais além, os ministros do Supremo seriam, na concepção dele, os “editores de um país inteiro”.
“Nós, enquanto Judiciário, enquanto Suprema corte, somos editores de um país inteiro, de uma nação inteira, de um povo”, disse Dias Toffoli.
O poder moderador
Matéria do Estadão deste sábado, 6 de abril, mostra o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmando que as Forças Armadas foram atingidas por “politização indesejada e incompatível com a Constituição” nos últimos anos.
A Corte julga uma ação apresentada pelo PDT para tornar inconstitucional a interpretação de que os militares podem intervir nos demais Poderes em situações de crise. Barroso, que não apresentou seu voto por escrito na votação virtual, disse que “não existe poder moderador numa democracia”.
O presidente do STF participou de um painel com o professor de Harvard Steven Levitsky, que é autor do livro “Como as democracias morrem”, no qual foi discutido o populismo autoritário e o papel das Supremas Cortes ao redor do mundo num contexto de autoritarismo crescente.
A fala foi feita durante a Brazil Conference. O evento reúne diversas autoridades nacionais para discutir temas de interesse e estratégicos para o País.
VIVA PRESTES!
A Coluna Prestes foi um movimento político-militar brasileiro de insatisfação com a República Velha. A insatisfação vinha de parte dos militares (tenentismo) com a forma como o Brasil era governado na década de 1920.
O movimento teve o seu ápice entre 1925 e 1927, e teve este nome pois um dos líderes do movimento foi o capitão Luís Carlos Prestes.
Prestes ganhou fama nacional ao liderar a Coluna Prestes na década de 1920. Enquanto Plínio Salgado representava a extrema-direita, Prestes era visto como símbolo da extrema-esquerda.
Em 1931, mudou-se para a União Soviética a convite do país. Lá, trabalhou como engenheiro e dedicou-se a estudos marxistas-leninistas. Por pressão do Partido Comunista da União Soviética, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) o aceitou como filiado em agosto de 1934.
Sendo eleito membro da comissão executiva da Internacional Comunista, voltou como clandestino ao Brasil em dezembro de 1934.
O comunista Luís Carlos Prestes foi o homenageado do Superior Tribunal Militar no sábado, dia 6 de abril de 2024.
A Coluna Prestes foi um movimento político-militar brasileiro existente ente 1925 e 1927 e ligado ao tenentismo de insatisfação com a República Velha. Teve este nome, pois um dos líderes do movimento foi o capitão Luís Carlos Prestes. pic.twitter.com/qbRH65k1QV
— STM (@STM_Oficial) April 6, 2024