Oficiais do Exército Brasileiro afirmaram que não haverá tolerância com militares que participaram da elaboração ou da divulgação da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, conhecida como “Carta do Golpe”.
O documento, divulgado em novembro de 2022, tinha como objetivo pressionar o então comandante do Exército, General Marco Antônio Freire Gomes, a aderir a um golpe de Estado que impedisse a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o jornal Estadão até o momento 46 oficiais foram alvos de processos disciplinares por conta da carta. Metade deles já foi punida, e dois estão detidos. A sindicância do Exército, aberta para apurar as circunstâncias da produção do documento, ainda não concluiu o número total de envolvidos e o tipo de punição que será aplicado a cada um.
Investigação em Andamento
A sindicância busca identificar o autor ou autores da carta, além de quem assinou o documento e teve participação em sua elaboração. O objetivo é verificar se houve violação da hierarquia e da disciplina militar, pilares basilares da instituição.
Segundo o Estadão, oficiais que acompanham a investigação teriam dito que a maioria das informações sobre os envolvidos precisa ser confirmada. Entre os signatários, há militares da ativa, da reserva e alguns que foram transferidos para a reserva após a divulgação da carta.
Punições Variam
As sanções previstas para os militares que participaram da “Carta do Golpe” variam de advertência à detenção, que difere da prisão, pois o militar fica impedido de sair do quartel. A decisão sobre a punição cabe ao comandante de cada militar.
Manifestações Dúbias
O conteúdo da carta é considerado confuso e apresenta críticas ao Poder Judiciário e à condução do processo eleitoral, sem apresentar provas ou detalhes concretos. O documento também acusa a imprensa de falta de imparcialidade na cobertura dos fatos.
Ação Rigorosa
Oficiais do Exército reforçam que a rigidez nas punições visa defender os valores da instituição e punir aqueles que atentaram contra a hierarquia e a disciplina. A sindicância ainda está em andamento, e novos desdobramentos sobre o caso podem surgir em breve.
Fonte: Estadão