O general de brigada e blogueiro Paulo Chagas, seguido por cerca de 250 mil pessoas em seu perfil no X, fez declarações contundentes sobre o deputado Van Hatten, dizendo que não cabe aos comandantes das Forças Armadas julgar ações do STF. O general disse que o parlamento está cheio de hipócritas e picaretas e que as críticas deveriam ser direcionadas para o presidenet do Senado.
Texto divulgado pelo general Paulo Chagas
SERIA UMA INTERPRETAÇÃO TEATRO-PARLAMENTÁRIA? Caros amigos, No Congresso Nacional, atualmente desmoralizado e acovardado, parece que o STF está sendo elevado acima da Constituição, com alguns de seus Ministros sendo tratados como se fossem a própria encarnação da Carta Magna.
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Clique aqui para entrarAssim, as críticas feitas pelo deputado sulriograndense, Marcel van Hatten, ao Comandante do Exército deveriam ser direcionadas ao Presidente do Senado. Vale lembrar que foi Auro de Moura Andrade, Presidente do Senado, quem declarou vago o cargo de Presidente da República e empossou Ranieri Mazzili como Presidente interino do Brasil, em 2 de abril de 1964, tal é o poder do detentor deste cargo.
Hoje, lamentavelmente, o Parlamento brasileiro está repleto de hipócritas (e de “picaretas”, como certa vez afirmou Lula da Silva) que, ao invés de cumprirem seus deveres, atacam Generais e os Comandantes Militares, esperando que estes, fora das “quatro linhas da Constituição”, façam por eles o que a Lei Maior os incumbe de fazer. Como dizem os gaúchos, são “balaqueiros” que, para ganhar prestígio com os inocentes úteis, se fazem de pimpões, sabendo que os Generais não irão abandonar seus postos e funções para participar das pantomimas políticas e demagógicas que caracterizam suas interpretações teatro-parlamentárias.
Os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica contam com assessorias jurídicas para orientá-los sobre a legalidade das ordens judiciais que recebem. Cabe a elas, entre outras coisas, interpretar tais ordens e emitir pareceres sobre o dever de obediência, além de esclarecer quaisquer dúvidas antes da execução.
É ensinado aos militares em todas as suas escolas que devem tirar todas as dúvidas antes de cumprir as ordem que recebem, consultando, preferencialmente, as autoridades emissoras das mesmas. Dessa forma, fica evidente que não cabe ao Comandante do Exército julgar as ações dos Ministros do STF, como sugere Marcel van Hatten, sem dúvida um dos mais combativos parlamentares contra os excessos produzidos no STF. Como comenta um outro parlamentar, “ele se perdeu ao agredir o Comandante para agradar a bolha (SIC). Isso irá lhe custar caro mais à frente, pois o meu apoio ele não tem mais”.
Este equívoco, em grande medida, talvez explique, mas não justifique, o rumo anômalo que o país desgraçadamente está tomando. Paulo Chagas (Cidadão Brasileiro, Militar Reformado do Exército de Caxias)
SERIA UMA INTERPRETAÇÃO TEATRO-PARLAMENTÁRIA?
Caros amigos,
No Congresso Nacional, atualmente desmoralizado e acovardado, parece que o STF está sendo elevado acima da Constituição, com alguns de seus Ministros sendo tratados como se fossem a própria encarnação da Carta Magna.… pic.twitter.com/ktcOnCFO0j
— General Paulo Chagas (@GenPauloChagas) April 21, 2024