O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, comparecerá à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira, dia 17, para apresentar as prioridades da pasta para o ano de 2024. A convocação do ministro ocorre em um momento de ataques crescentes às Forças Armadas nas redes sociais, principalmente desde o dia 8 de janeiro de 2023.
Apesar das críticas, o deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) defende a credibilidade das Forças Armadas junto à população. “Não é novidade que as nossas Forças Armadas gozam de grande credibilidade junto à opinião pública e que também contribuem significativamente com o desenvolvimento científico e tecnológico nacional”, afirma o parlamentar.
Ataques nas redes sociais
As críticas às Forças Armadas se intensificaram após os atos do 8 de janeiro, quando manifestantes radicais invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
Um dos principais alvos dos ataques é o Exército, que vem sendo acusado de traição ao povo brasileiro. Os militares chegaram a ser apelidados de “melancias” por parte de brasileiros, em especial bolsonaristas, em referência à fruta que é verde por fora e vermelha por dentro, insinuando que os militares são patriotas na aparência, mas comunistas em seu interior.
Prioridades para 2024
Na reunião da CREDN, o ministro Múcio deverá apresentar as principais prioridades da Defesa para o próximo ano, incluindo o desenvolvimento de projetos estratégicos como os caças F-39 Grippen, o KC-390, o submarino nuclear, a modernização dos blindados e a proteção cibernética.
Além do ministro, os comandantes da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, do Exército, Tomás Ribeiro Paiva, e da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, também estarão presentes na reunião.
Debate sobre a valorização dos militares
O deputado Albuquerque (Republicanos-RR) também solicitou à CREDN a abertura de um debate sobre a valorização dos profissionais militares, especialmente dos militares da reserva que serviram na Amazônia “em tempos difíceis”.
Fonte: Estadão